Luanda – Angola precisa de mais de 200 milhões de dólares para tornar o país totalmente livre de minas e outros engenhos explosivos, segundo o director-geral da Agência Nacional de Acção Contra Minas (ANAM), Leonardo Severino Sapalo.
Falando terça-feira, em Luanda, no final de um workshop sobre gestão de informação “IMSMA Core”, o responsável apontou o Moxico, Bié, Cuando Cubango e Cuanza Sul como as províncias mais afectadas por minas.
Disse que a base de dados central tem, actualmente, mil e 39 áreas minadas confirmadas.
"Apesar de Angola ser considerado um país com níveis preocupantes de contaminação de minas e outros engenhos explosivos, a ANAM está a gizar políticas e acções, incluindo de iniciativas do Executivo, a fim de mitigar os problemas provocados por esses artefactos", referiu.
O IMSMA CORE é um sistema que visa adequar os requisitos operacionais e de relatórios específicos dos programas nacionais, que fornece acesso à informação a uma vasta gama de partes interessadas, promove a partilha de informação e fornece mapas e relatórios em tempo real sobre a extensão da contaminação ou área minada.
Severino Sapalo adiantou que o processamento de dados e a gestão de informação é uma dinâmica que exige actualização constante do capital humano, software e equipamentos tecnológicos.
Para si, a avaliação sobre a gestão de informação constitui um marco importante na vida da instituição e do sector, por ser um passo na materialização e cumprimento das tarefas, no quadro do aprimoramento dos princípios de gestão da informação entre os parceiros de acção contra minas.
O workshop foi promovido pela ANAM, em parceria com o Centro Internacional de Genebra para Desminagem Humanitária e do Projecto de Reforço e Capacitação Institucional da ong Ajuda Popular da Noruega. Tem o financiamento do Gabinete de Remoção e Abatimento de Armas do Departamento de Estado dos Unidos da América. LIN/OHA