Luanda – Angola participa no festival internacional de cinema da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) que decorre numa das salas da Organização Mundial de Propriedade Intelectual (OMPI), em Genebra (Suíça), até sexta-feira.
Com o lema “Celebrar a língua e a cultura da CPLP”, Angola está representada por uma delegação da Missão Permanente de Angola junto do Ofício das Nações Unidas, liderada pela Representante Permanente de Angola, Margarida Izata.
O evento, iniciado dia 13 do corrente mês, conta igualmente com a participação de cinco países confirmados: Brasil, Cabo Verde, Moçambique, Portugal e Timor-Leste.
Angola, que preside a CPLP actualmente, assumiu a coordenação do evento e abriu o festival no dia (13/06) com o filme “Another day of life, ou seja, mais um dia de vida: Angola 1975”, do género biografia, animação, uma adaptação ao cinema do livro homónimo do jornalista e escritor polaco, Ryszard Kapuscinski, considerado um dos maiores repórteres de guerra do século XX.
O filme com duração de 1 hora e 25 minutos, é o resultado de reportagens realizadas pelo jornalista polaco, RyszardKapuscinski, entre o 25 de Abril de 1974 e a independência angolana, um verdadeiro relato histórico dos esforços do MPLA pela independência de Angola contados pelo jornalista polaco, pelo General Farrusco e pelo jornalista Artur Queiroz.
Produzido em parceria entre Amaia Remirez e JaroslawSawko e realizado por Raul Fuente, o filme, cujo roteiro é um misto de imagens reais e animação, foi o selecionado por Angola na mostra de celebração da língua e culturas dos países afectos à CPLP com Missões permanentes junto do Escritório das Nações Unidas em Genebra, pelo conteúdo e mensagem que se enquadrou perfeitamente na celebração do centenário do presidente Agostinho Neto.
O festival de cinema de Genebra realiza-se habitualmente todos os anos, tendo sido suspenso em 2020 devido à pandemia da Covid-19. Este ano, os participantes realçam o facto de cada país poder mostrar as suas variedades, criatividade artística, interpretação de músicas, entre outras formas de manifestação artística, para mostrar a sua realidade.
Margarida Izata considerou o festival um elemento-chave que contribui para a promoção da língua portuguesa e da cultura dos seus membros. “Esse festival se enquadra perfeitamente nessa visão, pois, por esta via partilhamos um pouco do melhor que temos como povos integrantes desta diversidade de ideias, a que resolvemos chamar de comunidade das nações”, frisou.
Visando enaltecer a figura de Agostinho Neto, o fundador da Nação e primeiro Presidente de Angola, foi montada, em paralelo, uma exposição fotográfica reflectindo as várias facetas da sua vida, numa altura em que estão em curso várias manifestações políticas e culturais, com realce para uma conferência internacional em torno do centenário sobre a vida e obra que se completa em Setembro próximo.
A rebita e outros ritmos marcadamente angolanos, bem como a gastronomia nacional marcam igualmente a presença de Angola no festival.