Luanda - A Secção Nacional da Rede de Mulheres Líderes Africanas foi lançada, esta terça-feira, em Luanda, com o objectivo de promover um movimento pela igualdade de género, paz e contribuir para a transformação e estabilidade no continente.
A Rede de Mulheres Líderes Africanas, criada em 2017, visa aproveitar a riqueza das experiências de liderança da camada feminina do continente com vista a realização efectiva da Agenda 2063 de África e dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável 2030 das Nações Unidas.
O acto testemunhado pela primeira-dama da República, Ana Dias Lourenço, escolhida como madrinha, foi presidido pela ministra da Acção Social, família e Promoção da Mulher, Faustina Alves de Sousa, sendo o 28º país a aderir a plataforma criada em 2017 pela União Africana com apoio do Governo da Alemanha.
Segundo Faustina Alves de Sousa, a criação da rede de mulheres líderes demonstra o comprometimento da União Africana para a promoção de género e o emponderamento da mulher.
Para o ministro das Relações Exteriores, Téte António, a criação da rede foi inspirada no artigo número cinco dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável, que destaca a importância da igualdade de género e da participação plena e efectiva das mulheres e oportunidades iguais de liderança a todos os níveis de tomada de decisão na vida política, económica e pública que comporta seis pilares principais.
Os pilares são a governança e participação política, paz e segurança, finanças e empreendedorismo feminino, liderança juvenil, agricultura e mobilização social de acordo com a especificidade de cada país, dando uma nova dinâmica aos esforços fomentados e liderados por mulheres que com a sua determinação geram mudanças impactantes e duradouras.
O ministro acrescentou que aderir a esta iniciativa significa iniciar um movimento inclusivo e sinérgico, integrado por mulheres líderes de diferentes esferas da sociedade, que inclui governo, sociedade civil, partidos políticos, autoridades tradicionais, comunidade empresarial e academia, todos juntos como um instrumento de transformação nas áreas prioritárias identificadas pela rede: empoderamento das mulheres rurais, participação política, paz e segurança, liderança de mulheres jovens, inclusão financeira e mobilização.
Por seu turno, a representante das Nações Unidas em Angola , Zahira Virani, congratulou-se com o governo angolano que mostrou determinação e vontade para que o país fizesse parte da Rede Regional para as Mulheres Africanas, reiterando todo o apoio para o processo de formação da Rede.
Já o Fundo das Nações Unidas para a População valoriza a criação da Rede, pois é importante a liderança das mulheres para garantir que se alcance dos Objectivos do Desenvolvimento Sustentável, que tem a ver com a plena realização da igualdade de género e dos direitos de saúde sexual e reprodutiva da mulher.
Em mensagem, a enviada especial da União Africana para Mulheres Paz e Segurança, Bineta Diop, destacou os feitos do Chefe de Estado angolano e da primeira-dama pelo trabalho realizado para promover a liderança das mulheres em Angola.
Enfatizou que as mulheres africanas devem ser líderes em todas as dimensões para a transformação do continente e enfrentar os desafios como conflitos, guerras, segurança alimentar englobada na Agenda 2963 sobre a África que queremos.
Assistiram ao lançamento da Secção Nacional da Rede de Mulheres Líderes Africanas deputados à Assembleia nacional, secretários de Estado, corpo diplomático acreditado em Angola, líderes religiosos, mulheres organizadas em associações e membros da sociedade civil.