Luanda – O governo angolano procedeu, esta segunda-feira, ao lançamento da 2ª edição da Bienal de Luanda- Fórum Pan-Africano para a Cultura de Paz, a decorrer de 27 a 30 do corrente mês.
Em conferência de imprensa, o coordenador do Comité Nacional de Gestão, Sita José, referiu que o programa inclui actividades sociais, culturais e científicas.
A Bienal de Luanda é um projecto que nasce da convergência de políticas e programas estratégicos entre três parceiros principais, o Governo de Angola, a UNESCO e a União Africana. Ela inspira-se na Carta de Renascimento Cultural Africano, que preconiza que a cultura é o caminho mais seguro para que África possa aumentar a sua participação na produção científica mundial e enfrentar os desafios da globalização.
A Bienal de Luanda propõe espaços de reflexão, de exposição e de difusão de criações artísticas, boas práticas, ideias e saberes relacionados com a cultura de paz, considerando a Estratégia Operacional para a Prioridade África da UNESCO para 2014-2021 que identifica “construção da África para a edificação de sociedades inclusivas, pacíficas e resilientes”, bem como a Agenda 2063 da União Africana olhando para o futuro pretende “recriar a narrativa africana com vista a entusiasmar e dinamizar a população africana e de utilizar a sua energia construtiva para definir e implementar um programa viável para a unidade, a paz e o desenvolvimento no século 21.
Segundo Sita José, ao longo do evento, a decorrer em sistema presencial e virtual, em função das imposições da Covid-19, os participantes dos países convidados partilharão projectos culturais e de conservação da natureza, para a promoção da cultura de paz.
“Estão a ser criadas condições para a exibição, no centro e na periferia da cidade de Luanda, de todos os momentos a serem vividos ao longo do evento”, disse.
Sita José reforçou que serve para incentivar e integrar iniciativas culturais complementares destinadas a promover a coesão dos povos.
Por sua vez, o coordenador internacional da Bienal de Luanda, Vincenzo Fazzino, advogou que o certame é um espaço de intercâmbio onde os jovens africanos e afro-descendentes vão desempenhar um papel de liderança.
Conforme o responsável, os fóruns temáticos reunirão as melhores práticas e parceiros interessados na paz e no desenvolvimento sustentável, a fim de desenvolver, em maior escala, projectos e iniciativas que se revelaram bem sucedidas no continente africano, a nível local, nacional ou sub-regional.
Vincenzo Fazzino salientou que a Bienal de Luanda pretende criar uma aliança de parceiros empenhados, que contribuam na promoção da cultura de paz em África, em torno de uma causa comum, o futuro do continente africano.
A Bienal de Luanda, que vai na sua segunda edição, é organizado entre o Governo de Angola, Unesco e a União Africana.
Como convidados, a organização espera contar com as presenças de chefes de Estados e de governos de países da região Austral de África, de representantes de Cuba, Costa Rica, Moçambique, entre outros.
O evento está em consonância com o Plano de Acção a favor de uma cultura de Paz em África, adoptado em Luanda durante o Fórum Pan- Africano “Fundamentos e Recursos para uma Cultura de Paz” organizado em 2013.
O Governo angolano, a UNESCO e UA pretendem, com a Bienal de Luanda, promover a contribuição das artes, da cultura e do património para uma paz duradoura e o envolvimento dos jovens como actores de transformação