Luanda – Uma delegação angolana, encabeçada pela ministra de Estado para a Área Social, Maria do Rosário Bragança, reuniu na quinta-feira, em Paris (França), com a direcção da UNESCO para preparar a quarta edição da bienal de Luanda.
O encontro centrou-se na Bienal de Luanda, um evento de relevância para a promoção da cultura de paz em África, bem como na parceria com a Unesco.
Segundo a ministra de Estado, o encontro serviu para apreciar o relatório da terceira edição da bienal e aprovação do tema da quarta edição, que será, posteriormente, tratado de forma profunda ao nível dos subtemas.
“Fizemos reflexões em relação à necessidade de libertar os fundos para a Bienal, no quadro da aliança de parceiros e, também, ao nível técnico estudar os procedimentos para a atribuição de um prémio da juventude no quadro da bienal, de uma forma sustentável”, sublinhou.
Estiveram presentes na reunião o coordenador do Comité Nacional de Gestão da Bienal de Luanda (CNGBL), Diekumpuna Sita José, Secretário de Estado para a Cooperação Internacional e Comunidades Angolanas, Domingos Vieira Lopes, da embaixadora delegada permanente de Angola Junto da UNESCO, Ana Maria de Oliveira, entre outras entidades.
Nesta sexta-feira, a delegação angolana vai participar da cimeira da francofonia e de um jantar oferecido pelo Presidente de França, Emmanuel Macron.
A quarta edição da bienal para a cultura de paz vai decorrer em Angola, em 2025, coincidindo com os 50 anos da proclamação da independência do país.
A bienal é uma iniciativa de Angola, da UNESCO e da União Africana (UA), instituída em 2015, sendo um encontro bi-anual de apoio ao Movimento Pan-Africano para a Cultura de Paz e Não Violência.
A primeira edição decorreu de 18 a 22 de Setembro de 2019, a segunda de 27 de Novembro a 02 de Dezembro de 2021 e a terceira em 2023, sobre o tema “Educação, cultura de paz e cidadania africana como ferramentas para o desenvolvimento sustentável do continente”.
A sua estrutura engaja a mobilização da juventude, principalmente na prevenção de conflitos, através da criação de uma mentalidade colectiva nas pessoas, com a finalidade da nova geração evoluir na perspectiva da tolerância, integração, sustentando uma paz duradoura para o continente.
A bienal contribui igualmente para a implementação do Plano de Acção para uma Cultura de Paz em África, adoptado em Março de 2013, em Luanda, no âmbito da campanha da União Africana "Act for Peace". MEL/OHA