Addis Abeba – Angola e a UNESCO manifestaram hoje, quinta-feira, o interesse de activar o ciclo de preparação da terceira edição do Fórum Pan-Africano para a Cultura de Paz em África - Bienal de Luanda, a realizar-se em 2023.
O assunto foi abordado na audiência que o embaixador de Angola na Etiópia, no Djibouti e Representante Permanente junto da União Africana (UA) e da Comissão Económica das Nações Unidas para África (CEA), Francisco José da Cruz, concedeu, nesta capital, a nova Directora do Escritório de Ligação da UNESCO junto da organização continental, Rita Bissoonauth.
Rita Bissoonauth adiantou que a UNESCO augura que a III Bienal de Luanda tenha como um dos principais temas a Educação, importante pilar para o desenvolvimento da humanidade.
A Bienal de Luanda, agendada de dois em dois anos, visa promover, de forma permanente e dinâmica, a cultura de paz que contribui para o reforço da unidade nacional e implica um repúdio inequívoco, individual e colectivo às divisões e à violência que afecta, com graves consequências políticas, económicas e sociais, muitos países de África, em particular da Região dos Grandes Lagos, pondo em causa o objectivo estratégico de silenciar as armas no continente.
Em parceria com a UA e a UNESCO, Angola realizou a Bienal de Luanda em Setembro de 2019 e Outubro de 2021, para reforçar o movimento pan-africano e a cultura da paz e da não-violência, fundamentalmente através do estabelecimento de uma aliança multilateral entre governos, sociedade civil, comunidade artística e científica, sector privado e organizações internacionais.