Luanda – Angola lidera a lista dos Estados que mais sofrem ataques cibernéticos a nível dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), com mais de 60 por cento dos casos, informou, esta sexta-feira, em Luanda, o analista de governação e gestão de riscos de segurança de informação, Gedeon Dizengo.
Ao intervir na conferência sobre “Os desafios da cibersegurança em Angola”, o responsável, que cita o relatório de 2023 e princípio de 2024 da empresa de segurança cibernética internacional “Kaspersky”, referiu que a fragilidade dos recursos humanos e tecnológicos de algumas instituições públicas e privadas do país têm contribuído para as ocorrências.
“Angola, por ser um país que está a dar os primeiros passos em termos de maturidade cibernética, lidera a lista, sendo que África é o continente que mais sofreu ataques cibernéticos no terceiro trimestre desde ano, com uma média de 3.370 casos por semana”, salientou.
Por seu turno, o director nacional das politicas de cibersegurança e serviço digital do Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Hecdiantro Mena, frisou que a protecção de dados continua a ser um desafio para o país, defendendo, por isso, o engajamento de todos os sectores e de um maior investimento para proteger o país deste mal.
Por esta razão, sublinhou que actividades do género poderão contribuir para minimizar os problemas relacionados com os ataques cibernéticos no país, através da troca de experiencia, tendo destacado como um dos grandes desafios a consciencialização e a educação da população e das instituições sobre a segurança cibernética.
“A falta de conhecimento e as práticas seguras do uso das tecnologias entre a população e as empresas contribui para a vulnerabilidade dos ataques que se tem registado”, acrescentou.
Participaram na conferência entidades governamentais, empresários ligados ao sector das telecomunicações, entre outros convidados.MEL/MCN