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Angola e Brasil unidos por crime de lesa-Humanidade, diz antropólogo brasileiro

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  • Luanda • Sexta, 25 Outubro de 2024 | 15h49
Arte das bandeiras de Angola e do Brasil
Arte das bandeiras de Angola e do Brasil
Arte: Osvaldo Pedro-ANGOP

Luanda - Angola e Brasil são povos irmãos, unidos, a partir de um crime lesa-Humanidade, pela história comum que se entrelaça há vários séculos, afirmou o antropólogo brasileiro Dagoberto Fonseca, quinta-feira à noite, em conferência via Zoom.

Ao dissertar na quarta conferência do ciclo do mês de Outubro da série “Conversas da Academia à Quinta-feira”, sobre o tema “Angola e Brasil: irmãos d’alémmar”, Dagoberto Fonseca reafirmou os laços que unem os dois povos, apesar de separados do ponto de vista geográfico.

“Os escravizados trouxeram para o Brasil a cultura e a tradição dos reinos do Ndongo e da Matamba, tornando-nos povos irmanados por valores civilizatórios”, frisou no decorrer da conferência.

Destacou que esses traços se notam particularmente a partir das línguas kimbundu e kikongo, na primeira pelo linguajar e na segunda, sobretudo pela música.

“Para além das similitudes na forma de pensar, de falar e de sorrir e da proximidade na culinária, dança e música, há também entre nós processos políticos similares”, defendeu.

Dagoberto Fonseca falou da importância do abolicionista André Rebouças, enquanto símbolo de resistência e de inovação, não apenas no Brasil, mas, também, em contextos africanos como o de Angola, como um legado que permanece tanto na engenharia, quanto na luta pela igualdade e justiça social.

Destacou também a importância dos quilombos, na luta pela liberdade.

Referiu-se demoradamente à “brasilidade com conteúdos de angolanidade”, que está relacionada com a conexão histórica com Angola, que até aos dias de hoje continua a influenciar a identidade brasileira e vice-versa.

“Existe um diálogo inter-cultural, que valoriza as contribuições de ambas as partes”, apontou.

Dagoberto Fonseca terminou a sua conferência, dando conta da necessidade de incremento da cooperação entre Angola e Brasil, do ponto de vista académico, político e económico.

Com esta participação, o antropólogo assinala o seu ingresso como membro correspondente da Academia Angolana de Letras.

O também escritor e professor da Universidade Estadual Paulista (em S. Paulo, Brasil) é autor, dentre outros livros, de Um povo, duas nações. Angola e Brasil, o mundo bantu no Atlântico (2024) e de “Você conhece aquela?” A piada, o riso e o racismo à brasileira (2012).

Na próxima Conversa da Academia à Quinta-feira, agendada para o dia 7 de Novembro, a economista brasileira Sónia Jorge assinalará igualmente o seu ingresso como Membro Correspondente da Academia Angolana, com a conferência intitulada “Mulheres congadeiras e educação anti-racista”. IA

 





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