Luanda – A República de Angola assinou, esta sexta-feira (8), um memorando de entendimento de certificação no domínio da soldadura com empresas sul-africanas e portuguesas, para ajustar e elevar a qualidade dos diplomas às necessidades do mercado internacional e garantir empregabilidade aos candidatos no sector.
Da parte de angolana assinaram os responsáveis dos centros Integrado de Formação Tecnológica (CINFOTEC), Manuel Alberto Bole, e de Formação Marítima de Angola (CFMA), Wiky Tabita, enquanto que pelo Instituto Nacional de Petróleos (INP) a responsabilidade este a cargo de Alegria Raúl Joaquim.
Já pelas empresas certificadoras assinaram os responsáveis do grupo português ISQ Academy, Margarida Segard, enquanto que pelas sul-africanas SAIW rubricou, Confidence Lekoane, e da M&B, Manuel Tati.
O Protocolo foi assinado à margem do I workshop sobre Soldadura Industrial, que decorreu sob o lema “soldadura, um factor de desenvolvimento da indústria angolana”, realizado pelos ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social e dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás.
Na ocasião, o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo precisou que o país possui instituições que formam profissionais no ramo da soldadura, daí a necessidade de certifica-las para que as mesmas sejam plenamente reconhecidas.
A título de exemplo, referiu que o Instituto Nacional de Petróleo foi admitido como membro observador da Associação Europeia de Soldadura, demonstrando que o processo de certificação está em bom caminho.
“Este é um reconhecimento também ao trabalho que se faz no INP e é uma oportunidade para nós termos este intercâmbio internacional e termos uma melhor certificação”, sublinhou.
Nesta senda, apontou os memorandos assinados como caminho para se melhorar cada vez mais no capítulo da certificação, de forma a estar junto de parceiros internacionais, apreender com eles e assim melhorar.
Precisou que a tecnologia é fundamental para o crescimento e desenvolvimento económico, pois permite igualmente aproveitar melhor a matérias prima nacional.
Deste modo, argumentou, “será possível competir melhor neste mundo global, onde Angola pode deixar de ser simples fornecedor de matérias prima e também dominar todas as tecnologias que concorrem para este aspecto”.
“A ideia é que as duas partes ganhem e não se faça o caminho numa só direcção”, argumentou.
Durante o workshop foram desenvolvidos temas tais como a Importância dos sistemas EWF para indústrias metalúrgicas, as novas tendências com foco na utilização de impressão de fabrico 3D, entre outros.
O primeiro workshop sobre soldadura industrial, realizado sobre o lema “soldadura, um factor de desenvolvimento da indústria angolana”, numa organização conjunta entre os ministérios da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social e dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás.
O evento está alinhado à estratégia de angolanização da indústria, com enfoque no Sector Petrolífero, um processo que passa, essencialmente, pela elevação do nível técnico e profissional do capital humano nacional para estar à altura das exigências do mercado. JAM/SC