Luanda - Um escritório sub-regional da Organização Internacional do Trabalho (OIT) vai ser criado, em breve, em Angola, pela agência multilateral das Nações Unidas, informou, esta quinta-feira, em Luanda, a ministra da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social, Teresa Dias.
A abertura da instituição, adiantou, visa tirar maior proveito dos projectos e contribuições da organização, assim como servir os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa.
Segundo a governante, que falava à imprensa no final da 1ª reunião do grupo de trabalho multissectorial para a abertura de um Escritório-País Sub-Regional da OIT em Angola, farão parte do mesmo cinco países, nomeadamente a Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Cabo Verde, Moçambique e São Tomé e Príncipe, sem contar com o país sede.
Teresa Rodrigues Dias explicou que, até ao momento, Angola está inserida no escritório-país do Congo, onde se encontram apenas países francófonos, o que tem dificultado o acesso a alguns projectos.
"Somos Estados membros dessa organização, mas muitas vezes não tiramos proveito das contribuições, principalmente por causa do factor língua", referiu.
De acordo com a ministra, por estar inserida no escritório-país do Congo, Angola sentia "uma grande barreira" para a inserção dos seus quadros nas carreiras das organizações.
Acrescentou que o interesse pela abertura do Escritório-País surgiu durante a última reunião da OIT, em Genebra, onde os membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa entenderam ser necessário estarem unidos pela cultura, língua e oportunidades iguais para todos.
Com a abertura deste escritório, a ministra explicou que haverá maior interação dos projectos locais, entre os quais, o de inclusão social, protecção social, igualdade de direitos e deveres dos trabalhadores e das forças sindicais. LIN/VIC