Sumbe - O presidente da Associação Nacional de Cegos e Amblíopes de Angola (ANCAA) no Cuanza Sul, Eduardo Manuel, defendeu, esta quarta-feira, na cidade do Sumbe, o reforço das acções do Executivo com vista a garantir maior inclusão social dos filiados.
Em declarações à Angop, no final de um encontro de cortesia com o governador provincial, Job Capapinha, o responsável disse que, neste sentido, a ANCAA vai apresentar, nos próximos dias, um conjunto de programas às autoridades governamentais, de modo a permitir maior integração dos deficientes visuais na sociedade a nível da região.
“Pensamos que o Governo deve apoiar mais as famílias mais desfavorecidas, sobretudo aquelas integradas por pessoas com deficiência visual, em prol do bem-estar desta franja”, salientou.
Na ocasião, o responsável fez saber que a associação na província enfrenta sérias dificuldades para desempenhar as suas actividades, entre as quais a falta de instalações próprias, assim como meios de trabalho e de transporte.
Queixou-se igualmente da insuficiência de professores em várias localidades da província para leccionar em escolas com alunos com deficiência visual, bem como a falta de máquinas Braille, material sonoro, bengalas e computadores com software para facilitar a captação das matérias ministradas nas instituições de ensino.
“As pessoas com deficiência visual, durante muito tempo, não tinham o sonho de estudar, mas o surgimento do Braille fez nascer essa vontade de apostar na formação. Este instrumento é de extrema importância por ajudar a tirar as pessoas com deficiência visual do obscurantismo, permitindo ganhar a sua independência e emancipação, assim como a formação técnico-profissional e académica”, frisou.
Na ocasião, o responsável congratulou-se com o apoio que a instituição tem recebido da ONG norueguesa MABB, sobretudo no envio de médicos para o tratamento de doentes visuais.
Fundada a 01 de Fevereiro de 1992, a ANCAA é uma organização filantrópica, que trabalha em projectos de apoio às pessoas com deficiência visual.
No Cuanza Sul, a associação controla mais de 450 membros entre cegos e amblíopes nos 12 municípios da província.IS/MCN