Menongue – A Primeira-Dama da República, Ana Dias Lourenço, ofereceu, esta quinta-feira, bens diversos às crianças do centro de acolhimento João Bosco dos Santos “Mbembwa”, na cidade de Menongue, para melhorar a sua dieta alimentar.
Trata-se de um donativo composto por farinha de milho, arroz, feijão, massa alimentar, conservas de peixe e de carne, óleo vegetal, roupa, lençóis, calçados, televisor de marca plasma, bolas de futebol e material de higiene.
Ana Dias Lourenço, que acompanha o Presidente da República, João Lourenço, na visita à província do Cuando Cubango, prometeu mobilizar mais apoios para o internato, que acolhe 38 crianças do sexo masculino, manifestando a sua disponibilidade para apoiar a instituição religiosa.
Afirmou que o crescimento dos jovens deve ser acompanhado com a vertente da formação académica, técnica e profissional, tendo em vista a garantia da sua auto-sustentabilidade e independência, para a sua inserção na sociedade.
“Há um tempo a esta parte ando a pensar nos jovens. Eles vão crescer e aprender uma profissão para a sua integração, serem autonomos para fazer frente aos desafios da vida futura, arranjar emprego e constituir família”, realçou a Primeira-Dama.
A directora do centro, Maria José Pereira, enalteceu o gesto da esposa do Presidente da República, que, em seu entender, representa a esperança para que num futuro próximo as condições sejam melhoradas para maior dignidade do petizes.
Disse que a Primeira-Dama apontou ao detalhe todas as preocupações, dentre as quais a falta de energia eléctrica da rede pública (o fornecimento actual depende de um gerador alternativo) e o início do funcionamento do centro de artes e ofícios acoplado ao centro.
A responsável entende que a resolução do problema de energia eléctrica permitirá a abertura do centro, servindo para munir as crianças com competências técnicas e profissionais, bem como rentabilizar e assegurar a auto-sustentabilidade do mesmo.
A oficina, montada em 2015, com valências nas áreas de electricidade, da construção civil e da serralharia, nunca desempenhou as funções para as quais foi criada devido à falta de energia eléctrica.
O centro conta actualmente com 38 crianças, maioritariamente órfãs, em conflito com a lei e abandonadas pelas famílias, com idades entre os sete e 27 anos, todas integradas no sistema normal de ensino, desde o primário ao médio.