Ondjiva - Depois das cheias de 2008 e 2009, as chuvas voltaram a inundar as chanas e cursos de água que circundam a cidade de Ondjiva, sede capital da província do Cunene.
Volvidos 15 anos de seca, o cenário que se vivencia, desde a passada sexta-feira, é de chanas e chimpacas com cursos de água de grande correnteza, que provocam a destruição de hortas da cintura verde e limitam a circulação de pessoas.
Ao contrário dos anos anteriores, actualmente as residências construídas em áreas de risco estão salvaguardadas, fruto da construção de cinco diques de protecção contra enchentes.
Trata-se de barreiras feitas de amontoados de terra, com uma altura de cerca de cinco metros, das quais uma circunda o bairro dos Castilhos e Pioneiro Zeca, três protegem os bairros Cachila e Naipalala e a outra os Cafitu e Caculuvale.
Hortas destruídas
Pelo menos 70 a 80 por cento da produção de hortícola da cintura verde de Ondjiva encontram destruída pelas inundações, segundo o presidente das Cooperativas Urbanas de Ondjiva, José Ndala.
Em declarações, esta segunda-feira, à ANGOP, disse que a associação controla mais de 60 hortas comunitárias e familiares, sendo que uma grande maioria tem as plantas submersas.
Por seu turno, o segundo comandante da Protecção Civil e Bombeiros, superintende–chefe Virgílio da Fonseca, garantiu que a situação está controlada, realçando tratar-se apenas de um cenário de alagamento e não propriamente de cheias.
A cidade de Ondjiva, capital da província do Cunene, conta actualmente com 95 mil 628 habitantes distribuídos em 24 bairros.