Benguela – O coordenador do Projecto Monitoria de Políticas Públicas, Eurico Agostinho Domingos, defendeu, nesta sexta-feira, maior abertura das administrações municipais aos monitores que se lhes reportam as dificuldades das comunidades.
Eurico Agostinho Domingos, que é igualmente assistente de projectos da ADRA (Acção para o Desenvolvimento Rural e Ambiente), em Luanda, falava à ANGOP a propósito do seminário que capacitou, quinta-feira última, 30 monitores de políticas públicas, com impacto no desenvolvimento local em 11 municípios do país.
Para o responsável, é importante que as administrações abram as portas aos monitores de políticas públicas, pois estes reportam no dia-a-dia os desafios e as dificuldades das comunidades, com vista à sua solução.
Desta forma, Eurico Agostinho Domingos acredita que os problemas sociais que afligem as comunidades poderão ser incluídos como prioridades na agenda municipal, tendo em vista o desenvolvimento local.
“As informações ricas que [os monitores] trazem vão ajudar as administrações no âmbito da definição das prioridades políticas”, vincou, considerando fundamental a monitoria de políticas públicas para que as autoridades consigam intervir nessas localidades.
A seu ver, os grupos de monitores estão a fazer um trabalho excelente junto das comunidades, daí a necessidade de serem integrados nos comités técnicos de gestão ou nos conselhos das administrações municipais.
No caso da Ganda, um dos 11 municípios do país alvo do referido projecto, o entrevistado lembra que os monitores têm informação detalhada de áreas recônditas às quais, muitas vezes, a administração municipal tem dificuldades de chegar.
Participaram do evento, quinta-feira, grupos do Projecto Monitoria de Políticas Públicas, financiado pela ong alemã Pão para o Mundo (PpM), nos municípios de Kiwaba Nzoji, Cacuso (Malanje), Baía Farta, Cubal,Ganda (Benguela), Humpata, Caluquembe (Huíla), Bailundo, Caála (Huambo), Cazenga e Kilamba Kiaxi (Luanda).
Em causa estão os programas públicos, nomeadamente o Programa Integrado de Desenvolvimento Local e Combate à Pobreza (PIDLCP), o Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Agrário (FADA) e o Programa Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM).
O encontro visou capacitar as comunidades na influência dos programas públicos tendentes à promoção do desenvolvimento rural, através de treinamento das organizações da sociedade civil. JH/CRB