Lubango – Oitenta e três mil 428 famílias da província da Huíla vão beneficiar, directa e indirectamente, de acções do Plano Estratégico 2023/2027, da Acção para o Desenvolvimento Rural e Ambiente (ADRA).
Trata-se de 21 mil e 11 beneficiários directos e 62 mil 417 indirectos, que beneficiarão do plano de dinamização das actividades de gestão sustentáveis dos recursos naturais, o reforço da estratégia de resiliência às alterações climáticas e a mitigação à seca, com a implementação de sistemas de retenção, conservação e disponibilização de água.
O plano visa ainda a introdução de culturas toleráveis à seca, o apoio aos pequenos produtores na agricultura e consolidação da actividade pecuária, assim como na pesca artesanal e apicultura.
A promoção de acções de educação nutricional, a facilitação ao acesso das comunidades ao micro-crédito, promoção de acções de educação cívica e eleitoral, de lideranças juvenis, auxílio às iniciativas associativas e cooperativas, são entre outras actividades incluídas na directriz.
Ao falar no 23º Encontro provincial das Comunidades apoiadas pela ADRA, o representante do Conselho Directivo da organização, Frederico Muafeka, referiu que o plano estratégico reafirma a contínua intervenção da organização nas comunidades.
Declarou que na Huíla, o plano vai abranger 135 aldeias, de 18 comunas, nos municípios da Cacula, Caluquembe, Humpata, Gambos, Chibia e Lubango, num orçamento de sete milhões 430 mil e 12 dólares, de um global de 26 milhões 738 mil 713 para as sete províncias onde a organização tem implementado projectos.
No Namibe, coordenada pela Huíla, Frederico Muafeka disse que a intervenção vai circunscrever apenas no município da Bibala, para beneficiar duas mil e 10 famílias, das quais 351 directos, em 10 aldeias de três comunas.
Por sua vez, a directora do Gabinete Provincial da Acção Social, Família e Igualdade de Género, Catarina Manuel Sebastião, referiu que o trabalho da ADRA “é evidente” por todas as localidades onde intervêm e o Governo encoraja tais acções.
“Sentimos o impacto das intervenções da ADRA quando as mulheres que não podiam desenvolver acções sem que um homem pudessem dizer ou ditar regras já o fazem. Encontramos o género a liderar actividades de empoderamento, combate a violência doméstica, entre outras iniciativas, fruto do auxílio de diferentes organizações, incluindo a ADRA”, continuou.
O 23º Encontro Provincial das Comunidades apoiadas pela ADRA com a duração de dois dias, decorre sobre o lema “Construindo Pontes de Diálogos, Rumo ao Desenvolvimento das Comunidades” e conta com 120 participantes.
O encontro visa avaliar, na perspectiva das comunidades, o trabalho desenvolvido pela ADRA no período 2022/2023, nos municípios abrangidos pela sua intervenção social e partilhar experiências de boas práticas de desenvolvimento das comunidades no domínio da transformação de produtos. EM/MS