Quipungo – Três adolescentes, duas delas primas, de 12, 13 e 17 anos de idade, morreram esta quarta-feira, no município do Quipungo, província da Huíla, supostamente por terem inalado monóxido de carbono (CO), depois de terem deixado um fogareiro acesso na residência onde viviam.
A informação foi avançada hoje, quinta-feira, pela porta-voz do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros da Huíla, subinspector-bombeiro Teresa Abel, referindo que incidente aconteceu no bairro Mavinda I, na sede municipal, durante à noite e os familiares só se aperceberam no dia seguinte.
Segundo fonte, presume-se que as vítimas acederam fogo num dos compartimentos da referida residência durante à noite, sem as janelas abertas ou outro tipo de ventilação.
Citando depoimentos de uma vizinha, Teresa Abel afirmou que as menores de idade viviam só às três, uma vez que os encarregados de educação residem na localidade da Calemba, a 19 quilómetros da sede municipal.
“Esta mesma vizinha por volta das 16 horas notou a ausência das vítimas, motivo pelo qual levou-lhe a arrombar a janela de um dos quartos, na qual deparou-se com as três adolescentes caídas ao chão”, continuou.
Apelou às pessoas a evitarem colocar fogo em locais fechados e sem ventilação, pois o monóxido de carbono expelido pela combustão pode chegar a matar slienciosamente, daí que as famílias devem prestar maior atenção à situação, evitando colocar menores de idade a viver sozinhas.
O monóxido de carbono é um gás produzido com base na queima incompleta de material combustível rico em carbono. Apesar de suas aplicações na indústria, é um gás asfixiante e tóxico que, dependendo do tempo de exposição e da quantidade inalada, pode levar à morte.
É um gás de aparência incolor, sem cheiro e sem sabor. É caracterizado como um asfixiante químico, pois impede a utilização biológica do oxigénio. Por conta disso, é um gás de difícil detecção pelos sentidos humanos, o que o torna mais perigoso. EM/MS