Calucinga - Os administradores dos novos municípios do Belo Horizonte e Calucinga, na província do Bié, respectivamente Bernabé Chimalanji e Elisa Segunda, pretendem prestar maior atenção às famílias camponesas, para acelerar o processo de erradicação da fome e da pobreza.
Os novos gestores falavam, separamente, durante as suas apresentações públicas aos munícipes, decorrido neste sábado, actividades orientadas pela governadora provincial do Bié, Celeste Adolfo.
No primeiro acto, no Belo Horizonte, antiga comuna do Cunhinga, que ascendeu a município do tipo D, o administrador Bernabé Chimalanji augurou trabalhar afincadamente para a redução da fome e a pobreza no seio das famílias, com o aumento dos níveis de produção.
A localidade, que dista a 72 quilómetros do Cuito, capital da província, é um potencial agrícola nas culturas do milho, feijão, batata-rena e doce, ginguba, soja e fruteiras.
De 34 anos, Barnabé Chimalanji, até então gestor municipal mais novo da província, disse que vai trabalhar para impulsionar a diversificação da economia através destes produtos.
Referiu ainda que, numa primeira fase, pretende melhorar o diálogo com as comunidades, para a elaboração e implementação de um plano urbanístico, assim como velar pela melhoria das vias de comunicação.
Comprometeu-se igualmente em trabalhar para o aumento da rede sanitária, educação, agricultura, saneamento básico e criação de espaços verdes e de lazer, uma vez que a região é baptizada como o município amigo do ambiente.
Já em Calucinga, antiga comuna do Andulo, que ascendeu a município do tipo C, a administradora Elisa da Graça Segunda disse igualmente que vai prestar maior atenção às famílias camponesas, para que haja, nos próximos tempos, mais produção agrícola.
A gestora, que já ocupava o cargo enquanto comuna, desde Março de 2019, prometeu ainda continuar a administrar o município com a mesma responsabilidade, de modo a que a urbe continue a crescer de forma satisfatória.
Sem avançar números, disse que pretende construir mais escolas para se juntarem às 41 unidades actuais, asseguradas por 176 professores, para um universo de 17 mil e 55 alunos matriculados em todos os subsistemas de ensino geral.
O sector da saúde conta actualmente com dez unidades hospitalares.
Com uma população estima em 104 mil e 018 habitantes, este novo município possui 18 embalas, 10 bairros e 194 aldeias.
Com uma extensão territorial de 4.150 quilómetros quadrados, este município situa-se a 205 quilómetros a norte da cidade do Cuito. É limitado a Norte e a Oeste pelos municípios do Mussende e Quibala (Cuanza Sul) e a Sul pelos municípios do Bailundo e Mungo, na província do Huambo.
Os actos marcaram, ainda, formalmente, a institucionalização dos dois municípios, situados no corredor norte, no âmbito da nova Divisão Político-Administrativa (DPA), com o içar da bandeira da República, ao som do hino nacional, tocado pela banda musical das Forças Armadas Angolanas (FAA), culminando com o descerrar das placas das respectivas administrações municipais.
No final, a governadora do Bié, Celeste Adolfo, reiterou que, com a implementação da DPA, o Executivo pretende criar todas as condições de habitabilidade, de formas a que todos os municípios prosperem sem distinção nem assimetrias.
Esclareceu que a medida vai possibilitar alargar o processo da empregabilidade, tendo convidado a juventude a estar preparada, pois, nos próximos dias, será chamada a dar o seu contributo, para ajudar a desenvolver as respectivas localidades.
Informou que o governo está a trabalhar para colocar residências para os quadros, evitando deste modo o abandono de trabalho por falta de condições.
Fruto da DPA, a província do Bié passou de nove para 19 municípios. LB /PLB
