Luena - O administrador municipal do Moxico, Quintas Sempieca, defendeu uma maior intervenção das autoridades tradicionais locais na denúncia sobre vendas ilegais de terrenos na região.
Segundo Quintas Sempieca, que falava durante um encontro com as autoridades tradicionais para analisar o fenómeno, que cada vez mais ganha largos espaço, disse haver supostos funcionários da Administração Municipal que estão a extorquir a população vendendo-lhes terrenos da reserva fundiária do Estado.
Durante o encontro que abordou também sobre a organização das comunidades, Quintas Sempieca disse que os fiscais que se deslocam às comunidades devem apresentar a identificação, com vista a se travar as acções de "burladores de terrenos" e serem responsabilizados criminalmente.
"A missão do fiscal, do administrador e de qualquer servidor público, é o de encontrar soluções dos problemas que vivenciam os cidadãos e não dificultar", acrescentou o responsável.
Para tal, continuou, deve haver maior interacção entre os agentes administrativos e as entidades tradicionais, para facilitar o processo de urbanização e organização dos bairros periféricos da urbe.
Por sua vez, as autoridades tradicionais comprometeram-se a colaborar junto com a Administração Municipal, para resolverem as principais preocupações dos habitantes.
O município do Moxico (sede provincial), é o mais populoso da província, com cerca de 400 mil habitantes, com uma dimensão de 38 mil 999 quilómetros quadrado.
No município está localizada a capital da província (Luena) e é constituído pelas comunas de Cangumbe, Lucusse e Muangai.