Lubango- A Administração Municipal da Humpata vai reforçar a aposta no desenvolvimento económico e social do município, com foco no turismo, onde prevê para este ano, atrair investidores, bem como visitantes nacionais e estrangeiros e gerar mais receitas, afirmou sexta-feira a administradora Rita Miranda.
Rita Miranda que falava na cerimónia comemorativa dos 142 anos do município, que se assinalou sexta-feira, cujas celebrações decorreram sob o lema “Humpata rumo ao Desenvolvimento Sustentavel”, lembrou que a circunscrição se destaca como um dos destinos turísticos mais promissores da região.
O município, segundo a gestora, oferece uma diversidade de “encantos naturais”, privilegiado em recursos hídricos, bacias hidrográficas de superfície e subterrâneas, que não só alimentam os campos agrícolas, como toda a vila do Município, o que o torna mais atraente aos olhos dos turistas e investidores.
Segundo Rita Miranda, para o presente ano económico, a administração tem em curso vários projectos contemplados no Orçamento Geral do Estado, no âmbito do Programa Integrado de Desenvolvimento Local e Combate à Pobreza.
O destaque recai para a construção e apetrechamento de um Posto de Registo Civil na localidade da Bata-Bata, a terraplanagem e melhoramento de cinco kms de vias secundárias e terciárias, na sede municipal e Neves, a reabilitação e apetrechamento do posto médico do Alto-Bimbi.
Os investimentos, revelou, estendem-se à construção de uma bacia de retenção de água para a produção agrícola na sede municipal, a construção de uma cisterna calçadão, na localidade de Bata-Bata.
Já âmbito da carteira dos Projectos do NJILA, explicou, foram aprovados vários projectos no domínio da Educação, como a construção de três escolas de sete salas de aula, nas localidades da Jamba-I, Capandeio e Cumbia,
No sector de Energias e Águas, a construção da rede de média e baixa tensão, nas localidades Makundjuva, Tchanina, Laplace, Jamba-I, Capandeio e no projecto dos 200 fogos, na localidade do Hongo.
No domínio das vias de comunicação, destacou a terraplanagem de 20 km de vias secundárias e terceiras da Palanca, 30 km da via que liga as localidades das Neves, à Estação Zootécnica (Humpata) e ao SOS(Lubango).
Rita Miranda aproveitou a ocasião para felicitar a Comuna da Palanca, recentemente elevada à categoria de Município, no âmbito da Nova Divisão política Administrativa, e que, hoje, celebra a sua autonomia administrativa, mantendo, no entanto, a sua ligação histórica e simbólica à rica e grandiosa trajetória do Município da Humpata.
“Neste aniversário, deixamos uma mensagem de esperança e agradecimento a todos os munícipes que trabalham diariamente para assegurar que as próximas gerações estejam melhor servidas. Não é o suficiente, mas acreditamos que a Humpata está no rumo certo do desenvolvimento sustentável e continuará a sê-lo com o esforço de todos nós”, aludiu.
A 17 de Janeiro de 1883, colonos portugueses fundaram o concelho da Humpata, uma das primeiras zonas de colonização portuguesa e holandesa nesta zona do interior de Angola. A população bóer chegou à localidade após longas investidas às chamadas “terras de sede”, fundando assim a Colónia de São Januário da Humpata.
É limitada a Norte pelo município do Lubango, a Leste pela Chibia, a Sul pelo Virei (Namibe) e a Oeste pela Bibala (Namibe).
Com três comunas, nomeadamente sede, Bata-Bata, e Neves, este município é servido por uma rede hidrográfica subterrânea e de superfície de caudal constante, com destaque para o rio Neves e para o lago Nuntechite.
Em virtude da sua elevação e posicionamento central na cordilheira da Chela, que se estende até a Serra da Leba, ou Planalto da Humpata, é o município mais frio de Angola, com os termómetros a atingirem números negativos no cacimbo.
Com uma superfície territorial de mil e 261 quilómetros e uma população estimada em 120 mil e 772 habitantes. BP/MS