Cazenga – Trezentos motociclistas morreram em consequência de acidentes de viação envolvendo motorizadas, no país, em 2022, informou hoje, sexta-feira, no Cazenga (Luanda), o presidente da Associação dos Motoqueiros e Transportadores de Angola (AMOTRANG), Bento Rafael.
O responsável avançou o facto durante uma campanha de sensibilização de motociclistas do Cazenga com relação ao uso do capacete e a obediência ao Código de Estrada no exercício da actividade, tendo solicitado a classe maior cumprimento das regras estabelecidas e apostar na formação.
Só no Cazenga, no mesmo período, a Direcção Municipal de Transportes, Tráfego e Mobilidade registou 30 mortes resultantes de 300 acidentes envolvendo motorizadas, segundo um balanço deste órgão.
Os dados foram apresentados, nesta sexta-feira, durante a campanha de sensibilização dirigida a mais de uma centena de motociclistas, membros das chamadas "placas" que exercem a actividade de moto-táxi na circunscrição sobre o uso do capacete e a importância do Código de Estrada.
A campanha, ministrada por técnicos da Viação e Trânsito de Luanda, visou transmitir conhecimento do Código de Estrada e outros sobre segurança pública e contou com a presença da administradora-adjunta para a área Técnica, Madalena Fernando, que na ocasião ofereceu capacetes e coletes a alguns motociclistas.
Segundo a responsável, é necessário que os motociclistas cumpram com o estabelecido por lei sobre o uso do capacete e a observação do Código de Estrada para se evitar acidentes.
O director de Transporte e Tráfego e Mobilidade do município, Agostinho Luís, considera “preocupante” o índice de acidentes envolvendo motorizadas, referindo que pretendem capacitar periodicamente os motociclistas e organizar a actividade de moto-táxi na zona.
Informou que a actividade de moto-táxi já foi regulamentada através do Decreto Presidencial 123/22 de 30 de Maio, que estabelece o regime da actividade, sendo um diploma aplicável ao exercício de transporte remunerado individual ou colectivo de passageiros e de mercadorias em veículos ciclomotor, motociclo, triciclo e quadriciclo.
Os participantes agradeceram a promoção do encontro e manifestaram a necessidade de contribuir para a redução dos acidentes de viação.
Segundo Cornélio Paulino e Juliana Dias, motociclistas, todo o conselho é bem vindo, porque está em causa o bem maior que é a vida.
Outra participante é Maria Ndizolele que se mostrou satisfeita pela campanha de sensibilização em relação ao uso do capacete e redução de acidentes.
O exercício da actividade de moto-táxi em Angola tem sido o recurso de muitos cidadãos para a sua locomoção, sobretudo em zonas de difícil acesso ou para escapar do trânsito automóvel nos centros urbanos.