Ondjiva- Jornalistas de diferentes órgãos de informação da província do Cunene apontaram, esta quarta-feira, às limitações no acesso às fontes de informação como principais barreiras da liberdade de imprensa na região.
Em declaração à ANGOP, a propósito do 3 de Maio, Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, os jornalistas foram unânimes em afirmar que muitos são os gestores que não facilitam a divulgação de dados ou informação de interesse público.
Para o jornalista da Rádio Ecclesia, João de Deus, a liberdade de imprensa está distante daquilo que se espera do posicionamento de um profissional, realçando a necessidade de se trabalhar mais na consciencialização para moldar o comportamento das fontes.
Lembrou que o direito à informação está consagrado pela Constituição, mas para que este direito seja salvaguardado é fundamental que haja colaboração dos gestores públicos, para que o jornalista possa informar com rigor e isenção.
Já o jornalista António José, afecto a Emissora provincial da Rádio Nacional de Angola, a liberdade de imprensa faz-se com acesso às fontes de informação, de modo a garantir a veracidade dos factos.
Disse que atitude demonstrada pelos gestores lesam a verdadeira democracia, justificando que esta inibição leva com que os jornalistas pecam naquilo que é a veracidade da informação.
Por seu turno, o jornalista das Edições de Novembro, Domingos Calucipa, defendeu a necessidade de uma literacia comunicacional dos gestores de cargos públicos.
“Infelizmente continuamos a ter titulares dos cargos públicos que não se abrem e nos últimos tempos temos notado retrocessos neste aspecto. O ideal seria a instituição de um oficial de comunicação institucional para possibilitar maior interacção com a classe”.
Realçou que o lema do Executivo angolano de “Trabalhar mais para comunicar melhor ” só se materializa caso haja gestores comunicativos.
Entretanto, realçou que ao contrário das fontes, actualmente o Cunene apresenta melhorias na abertura de mais órgãos de informação e conteúdos diversificados.
Disse que nos últimos cinco anos a província registou a abertura de duas rádios comerciais, que de certo ponto vem diversificar os conteúdos informativos.
Por seu turno, o secretário de jornalistas no Cunene, António Hifikepunhe , disse que o nível da liberdade de imprensa não é o desejável , realçando a necessidade de se trabalhar mais para consciencializar as fontes.FI/LHE/ART