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Acesso à água foi componente com mais impacto no FRESAN

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  • Huíla • Sábado, 22 Março de 2025 | 10h51
Embaixadora da UE  em Angola, Rosário Bento Pais
Embaixadora da UE em Angola, Rosário Bento Pais
Belarmina Paulino - ANGOP

Lubango - A embaixadora da União Europeia em Angola, Rosário Bento Pais, admitiu, esta sexta-feira, na Huíla, que o acesso à água por comunidades das províncias afectadas pela seca no Sul do país, foi o segmento que mais impacto teve com o Programa Fortalecimento da Resiliência e da Segurança Alimentar e Nutricional em Angola (FRESAN).

O FRESAN  é uma iniciativa do Governo de Angola, financiada pela União Europeia, co-gerida e co-financiada pelo Camões, I.P. em 65 milhões de euros,  pretende contribuir para a redução da fome, da pobreza e da vulnerabilidade à segurança alimentar  e nutricional  no Cunene, na Huíla  e no Namibe, está a ser implementado desde 2018.

O projecto tem vários objectivos,  de entre os quais o de reforçar a resiliência das famílias no contexto das alterações climáticas, são a Resiliência e a Produção Agrícola Familiar Sustentável, da Melhoria do Acesso a água e da Nutrição,   Reforço Institucional e Gestão de Informação Multissectorial.

A diplomata fez estas considerações  no no 10.º Comité de Direcção do Programa de  Fortalecimento da Resiliência e da Segurança Alimentar e Nutricional em Angola  (FRESAN), tendo realçado que segundo depoimentos das comunidades, esta componente se sobrepôs às demais,  observando melhorias significativas, na qualidade de vida das mesma, nos últimos cinco anos.

Destacou que as mulheres e crianças fundamentalmente, deixaram de percorrer mais de se quilómetros em busca de água, hoje têm água a dois metros, têm furo, cisternas calçadão com 53 mil  litros em reserva todo tempo, isso fez a diferença  no seio  destas comunidades a todos os níveis, deste a saúde, higiene, alimentação, ganho de tempo, entre outros benefícios.      

Segundo a embaixadora, no período construíram-se 430 pequenas infra-estruturas hidráulicas que permitiram beneficiar 230 mil pessoas, quase 40% da população rural dos 17 municípios alvo do projecto.

“Sabemos que algumas empreitadas podem derrapar na sua execução, pedimos, por isso, uma monitorização apertada para que se consiga concluir dentro dos prazos necessários, pois o projecto termina já em Agosto próximo e será essencial garantir que estes resultados e que o seu impacto seja sustentável”, aludiu.

Entretanto, a vice-governadora para o sector político, económico e social da Huíla, Maria  João Chipalavela,  afirmou que com essas acções  têm  hoje  um quadro para os  poder  ajudar a continuar todo um processo de  discussão e de construção de documentos aos vários níveis em relação a essas questões das alterações climáticas, produção de alimentos, sustentabilidade das próprias comunidades.

Felicitou  a grande capacidade que houve dentro das  várias equipas em responder aos desafios, pois inicialmente havia incertezas, faltava dinheiro, mas que ao longo do tempo construiu-se pacotes  seguros  até  realizar a  penúltima reunião deste comité, sendo que a última  será no Namibe.

O evento serviu   para analisar, discutir e definir a direcção do projecto na próxima e última fase da sua implementação, avaliando os progressos alcançados, os desafios enfrentados e as oportunidades que ainda têm  para fortalecer a resiliência e a segurança alimentar nas províncias do Namibe, Huíla e Cunene. BP/MS





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