Menongue - A chefe do serviço provincial do Instituto Nacional da Criança no Cuando Cubango, Lérias Biwango, defendeu esta quinta-feira à necessidade de uma luta cerrada contra actos de abuso sexual a crianças, porquanto comprometem os seus legítimos direitos.
Ao falar na abertura da Semana Nacional de Reflexão sobre a prevenção da violência contra criança, em alusão ao mês de Junho, dedicado à criança, disse que tais abusos constituem uma das mais graves violações de direitos humanos, mas que, nos últimos dias, tem havido muitos relatos sobre a sua prática em algumas regiões do país.
Sem avançar números, referiu que na província do Cuando Cubango são notórios casos de violência contra a criança, com maior destaque para o seu abandono, a violência física, fuga à paternidade, disputa de guarda, exploração de trabalho infantil, negligência, para além do abuso sexual a menores.
“As famílias, os profissionais de diversas áreas que integram o sistema nacional da criança devem estar preparados para reconhecerem os sinais de violência, sobretudo da violência sexual”, alertou.
Por outro lado, considerou a violência doméstica um flagelo social que tem contribuído para a desestruturação de muitas famílias e instabilidade emocional da mesma e consequentemente da sociedade.
Para que surjam resultados pontuais de grande escala em relação ao combate, advogou à necessidade do envolvimento de todos os actores sociais, com realce para as famílias, por serem consideradas o ponto de referência de todas as relações entre as pessoas em todas as dimensões da vida.
Fruto desta preocupação, o Executivo lançou a Campanha de Prevenção e Combate à Violência Sexual Contra a Criança, com o objectivo de capacitar os profissionais das instituições que integram o sistema da sua protecção, em especial os pertencentes ao sector da educação, saúde e segurança pública, sobre os mecanismos da sua prevenção.