Viana - Um curso de diagnóstico de incêndios urbanos e industriais para o diagnóstico correcto das causas de incêndios foi aberto, nesta segunda-feira, na Escola Nacional de Bombeiros em Viana, província de Luanda.
A acção formativa, que decorre até cinco (05) de Dezembro, abrange 32 efectivos dos Serviços de Protecção Civil e Bombeiros das províncias de Luanda, Malanje, Benguela, Huíla, Huambo, Namibe, Lunda Sul, Bié e Zaire, dividida em duas fases.
Visa capacitar profissionais que actuarão como multiplicadores nas respectivas direcções e províncias.
Ministrada por técnicos portugueses, a acção formativa resulta de uma cooperação internacional entre o Ministério da Administração Interna de Portugal e o Ministério do Interior de Angola.
Vai ainda ajudar para que os formandos possam replicar os conhecimentos a adquirir e promover uma abordagem técnica e científica de incêndios.
Na abertura, o comandante e comissário bombeiro principal, Manuel Matanda Lutango, enfatizou que a formação sinaliza um marco no cumprimento das directrizes do Plano de Desenvolvimento Nacional 2023/2027.
Representa também um dos primeiros passos na criação do sistema de investigação das causas de incêndios, do qual faz parte a construção de laboratórios regionais, prevista para os próximos anos, reflectindo o compromisso do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros (SPCB) em modernizar as suas práticas, fortalecendo a sua actuação.
O também comandante do SPCB valorizou a formação, para quem a sua relevância ganha ainda maior destaque por ocorrer na vésperas da VII Assembleia Geral da União dos Bombeiros dos Países de Língua Portuguesa, que Angola acolherá de 29 a 30 de Novembro e no contexto das celebrações do Dia do Bombeiro angolano.
Acrescentou que no cenário actual, em que os desafios e riscos se multiplicam, a aplicação de procedimentos correctos e a análise precisa das causas de incêndios são imperativos, pois grandes sinistros em centros comerciais, edifícios industriais e residenciais reiteram a urgência de se trabalhar com proactividade, reduzindo riscos e salvando vidas.
Por seu turno, o oficial de ligação do Ministério da Administração Interna junto da Embaixada de Portugal em Angola, coronel Carlos Felizardo, destacou que a formação contínua é essencial numa área tão crítica como a protecção civil, pois os desafios impostos pelos incêndios, sejam rurais, urbanos ou industriais exigem uma actualização permanente de conhecimentos, técnicas e ferramentas.
Referiu que as catástrofes, sejam naturais ou causadas pela acção humana, transcendem fronteiras e requerem uma resposta articulada e eficiente, daí que esta formação reflecte o espírito solidário entre Angola e Portugal. HDC/SEC