Luanda - A presidente da Associação de Amizade e Solidariedade para com a Terceira Idade (AASTI), Emília de Almeida, deu a conhecer, esta terça-feira, em Luanda, que a assistência médica nos centros de acolhimento e de lazeres tem sido um “quebra cabeça” para os seus associados, pelo que deve ser reforçada.
A informação foi avançada durante a celebração do Dia Nacional da Pessoa Idosa, decorrida sob lema envelhecer com dignidade.
Segundo Emília de Almeida, a criação de mais centros de dia e lares de lazeres para idosos vai contribuir bastante para estabilidade emocional dos idosos, evitando o isolamento e morte precoce.
A AASTI possui um centro de dia no Distrito Urbano da Maianga que controla 70 idosos, onde só voltam nas suas casas no final do dia proporcionando terapias, ginástica e aulas de alfabetização e muito mais, salientou.
A presidente mostrou-se ainda preocupada com número de casos de violência contra idosos registado pela associação no seio familiar.
Alega estarem a assistir, infelizmente, um “quadro tenebroso” na sociedade, pelo que apela às famílias a assumirem um papel mais activo na protecção dos cuidados dos idosos, por vezes atirados à sua sorte.
Quanto as questões de saúde, Emília de Almeida admite ser um outro problema que os membros vivem.
“Ao Estado, solicitamos que seja dedicado um olhar mais atento à terceira idade, pelo que apelamos para que a lei de protecção venha a ser de facto complementada”.
Para a escritora Cremilda de Lima, de 84 anos, actividades do género cativam o idoso e deixa ele mais valorizado, por isso devem ser realizadas sempre e em todas as províncias.
Cremilda de Lima pede as famílias a não se desfazerem dos idosos, por se tratarem de “bibliotecas vivas”. “Junto das famílias, os idosos vivem mais alegres e são saudáveis. Só apelo mais paciência”.
Para minimizar o número de violência contra idoso, o deputado da bancada parlamentar do MPLA, Roberto de Almeida, que participou do acto sugere a criação de mais actividades de sensibilização para banir este problema.
“O idoso não deixa ser nosso parente, continua a ser o nosso pai, nossa mãe, continua a ser aquela pessoa que, por laços de sangue, nós devemos cuidar”, enfatizou. A AASTI controla perto de três mil membros.
O Dia Nacional da Pessoa Idosa foi instituído em Angola a 30 de Novembro de 2005, para promover a reflexão e reconhecimento do valor da pessoa dessa faixa etária. Este ano, tal celebração é instituída pelas Nações Unidas, sob o lema “Envelhecer com Dignidade”. MEL/SEC