Mbanza Kongo – Duzentas e treze pessoas morreram em consequência da malária, na província do Zaire, em 2022, representando uma redução de 56 óbitos comparativamente ao ano anterior.
De acordo com uma nota do Gabinete Provincial da Saúde, a que a ANGOP teve acesso esta segunda-feira, em Mbanza Kongo, as mortes incidiram-se, fundamentalmente, em crianças menores de cinco anos de idade, com 135 vítimas, contra os 164 óbitos registados em 2021.
Ao todo, segundo o documento, as autoridades sanitárias do Zaire notificaram, no período em balanço, 213 mil 452 casos positivos de malária, contra os 269 mil 838 casos diagnosticados no ano de 2021, com realce para os municípios de Mbanza Kongo (31.368 casos), Nóqui (8.639) e Cuimba, com 6.952 casos.
No âmbito das acções de combate à malária, cuja província do Zaire é uma das regiões mais endémicas do país, teve início esta segunda-feira, em Mbanza Kongo, uma formação sobre prevenção da malária na comunidade.
Durante dois dias, supervisores municipais da promoção de saúde, profissionais da comunicação social e directores municipais da área social vão abordar matérias sobre “Definição sobre Promoção da saúde e métodos preventivos da mulher na gravidez”.
O uso correcto do mosquiteiro impregnado com insecticida de longa duração está, igualmente, a merecer a atenção dos participantes, nesta acção de refrescamento que está a ser orientada por dois formadores nacionais.
Em declarações à imprensa, a formadora na área de prevenção da malária, do Programa Nacional de Controlo da Malária, Domingas Pedro, definiu como principal objectivo desta acção capacitar os formadores sobre a prevenção da malária na comunidade.
Diferenciar entre sinais e simtomas da doença, descrever as boas práticas da comunicação para a mobilização comunitária, compreender o processo de mudança de comportamento e desenvolver o cronograma de actividades para a promoção do uso do mosquiteiro são outros dos propósitos desta acção formativa.
Informou que, a formação resulta de uma parceria entre a USAID, no âmbito da iniciativa presidencial dos Estados Unidos da América, que há cinco anos financia o projecto, e o Ministério da Saúde de Angola.
Salientou que as províncias do Zaire, Uíge, Cuanza Norte, Malanje, Lunda Norte e Lunda Sul são as regiões de incidência deste programa.
A supervisora provincial do Zaire do Programa da Malária, Maria Augusto, valorizou esta formação, frisando que a disseminação dos conhecidomentos a ser adquiridos, pelas comunidades, despertará a consciência da população sobre as medidas de prevenção da malária.
Importa referir que a formação decorre em duas componentes, téorica e prática, sendo que nesta última os participantes aprenderam, neste primeiro dia, a instalação correcta do mosquiteiro impregnado com insecticida em camas. PMV/JL