Lubango – Técnicos da Administração Municipal do Lubango, colocados na morgue do Hospital Sanatório, estão a ser acusados, por uma família, de “irresponsabilidade”, num caso de alegada troca do cadáver de sua ente-querida, que já foi sepultada por outras pessoas.
Trata-se de uma família que perdeu a filha, de 22, anos no passado dia 01 de Janeiro, mas quando foram levantar o corpo, já não estava na morgue. A família deslocou-se à morgue, cujos mortos externos, são da responsabilidade da Administração, nesta segunda-feira (6), mas uma outra já o tinha erradamente levado e o sepultou no sábado (4).
Em declarações à ANGOP, a directora municipal da Saúde do Lubango, Anita Catihe, admitiu “falhas” no registo de cadáveres, agravada com erros na identificação por parte da primeira família, assim como da não confirmação dos dados por parte do funcionário em serviço.
“A primeira família identificou o corpo de seu parente na morgue, mas o técnico em serviço não confirmou o nome, fazendo a entrega errada de um cadáver, cujo funeral já foi realizado no último sábado”, disse.
Explicou que na segunda-feira, uma outra família foi ao hospital no intuito de levantar o corpo do seu ente querido, mas após tentarem localizar, o que estava na gaveta não condizia com o de seu parente.
Salientou que tão logo tomaram conhecimento da situação, enviaram uma equipa de inspecção para seguir os procedimentos normais, despoletando-se uma investigação, envolvendo já a Polícia.
“Estamos à espera que o processo termine e depois disso saberemos qual o foi o veredito e vai-se proceder a exumação do outro corpo e o funeral do corpo que está na morgue”, afirmou.
Perante essa situação, assegurou, a administração municipal vai prestar apoio em termos de alimentos e outros meios que sejam necessários enquanto decorre esse processo da Polícia.
Anita Catihe afirmou que é o primeiro caso de género. BP/MS