Talatona - A Administração Municipal do Talatona realizou, este sábado, uma feira de consciencialização sobre o cancro do útero, com exames preventivos gratuitos e serviços de saúde para os munícipes, com o objectivo de sensibilizar a população sobre os factores de risco e sintomas.
A Feira, alusiva ao Março Lilás, agrupou profissionais de várias especialidades médicas, para elucidar os munícipes sobre a importância do diagnóstico precoce do cancro do útero.
Os munícipes participaram igualmente de palestras sobre outras doenças, como cólera, tuberculose e malária, com objectivo de reforçar as medidas de higiene e prevenção.
Em declarações à ANGOP, a chefe da Logística Hospitalar e Depósito de Medicamentos da Direção Municipal de Saúde de Talatona, Esther Simão, realçou que o evento foi organizado para educar as famílias sobre a importância da prevenção.
“O nosso objectivo principal é promover a consciencialização e educar as famílias sobre o cancro do útero. Queremos garantir que as mulheres saibam e entendam a importância de realizar exames preventivos regulares, pois a detecção precoce pode salvar vidas”, disse.
Os munícipes foram elucidados sobre outras doenças que afectam a comunidade, com palestras sobre cólera, tuberculose e malária, e receberam orientações sobre descontaminação da água e higiene das mãos.
O evento contou igualmente com serviços de medicina geral, cirurgia, ginecologia, pediatria, psicologia, oftalmologia, estomatologia, nutrição, vacinação, bem como foram oferecidos medicamentos gratuitos, mosquiteiros e escovas de dentes.
“O cancro do útero é uma das principais causas de morte entre as mulheres, mas quando diagnosticado à tempo, tem probabilidade de cura. O exame de Papanicolau, por exemplo, é uma ferramenta simples e eficaz que pode detectar alterações nas células do colo do útero, antes de se tornarem cancerosas”, explicou.
Testemunho de paciente sobrevivente do cancro
Segundo a paciente Juliana Baptista, sobrevivente do cancro da mama há 12 anos, é importante se ter em consideração atitudes preventivas, visando salvaguardar as "nossas vidas".
“Descobri o cancro aos 49 anos e passei por quimioterapia, radioterapia e a retirada total da mama. Hoje, sou membro da Semana Rosa Angola e dou o meu testemunho para alertar as mulheres“, disse, recordando que o toque e o rastreio salvam vidas.
Durante a feira se reiterou a importância do acompanhamento médico regular, a adoção de hábitos saudáveis para reduzir os índices e complicações de doenças. GIZ/AJQ