Saurimo - As autoridades sanitárias da Lunda-Sul continuam a intensificar as medidas de vigilância epidemiológica na orla fronteiriça com a República Democrática do Congo (RDC), para bloquear a entrada do vírus da varíola dos macacos no território nacional.
A varíola dos macacos é uma doença que se está a propagar rapidamente, com sintomas ligeiros, transmitida, sobretudo, através do contacto directo com lesões cutâneas e, actualmente, endémica em certas regiões de África, próximas da zona em que se insere Angola.
A fronteira com a RDC, país que se vê a braços com a enfermidade, constitui uma espécie de elo mais fraco nos esforços para conter uma eventual propagação para Angola, obrigando as autoridades a tomar um conjunto de medidas para garantir a segurança sanitária ao longo da zona fronteiriça.
Em declarações hoje, quinta-feira, à ANGOP, o director do Gabinete Provincial da Saúde, Viegas de Almeida, disse que foram destacados dois profissionais ao longo dos postos fronteiriços, para a triagem dos cidadãos da RDC que entram no país.
Afirmou que está proibida a entrada de qualquer tipo de carne proveniente da RDC, bem como a aquisição de material sem certificação das autoridades sanitárias da província, uma acção que conta com o envolvimento dos órgãos de defesa e segurança.
O director realçou que todas as unidades sanitárias da província estão preparadas para atender casos de varíola, com maior incidência para a comuna do Chiluage, município do Muconda, por estar próxima da fronteira com a RDC.
As autoridades locais, prosseguiu, realizam campanhas de sensibilização nas comunidades, dando instruções sobre as medidas de prevenção, assegurando que a província não registou até ao momento nenhum caso suspeito. EM/JW/HD