Cuito – No quadro das medidas de prevenção e combate à cólera, as autoridades sanitárias do Bié têm desenvolvido um leque de acções que visam a implementação do plano de contingência, em que se destacam a capacitação de técnicos de laboratório.
O facto foi dado a conhecer pelo chefe do Departamento de Saúde Pública e Controlo Epidemiológico do Bié, Isaías Cambissa, quando falava, em declarações à imprensa, sobre as medidas a serem tomadas para a gestão de eventuais casos da doença na região.
Na ocasião, descartou o registo de qualquer caso na província, desde o surgimento do surto, que assola as províncias do Bengo, Luanda, Icolo e Bengo e agora Malange, com um caso suspeito, registado no sábado.
Entretanto, referiu que a localização geográfica do Bié, no centro do país, faz dele uma região bastante vulnerável do ponto de vista epidemiológico, o que exige o redobrar de esforços quanto à vigilância e prevenção.
Isaías Cambissa explicou que os técnicos de laboratório das unidades sanitárias da província foram capacitados, durante a semana finda, sobre técnicas de testagem da cólera, visando um diagnóstico mais correcto da doença.
A par destes, informou que serão também formados, nos próximos dias, outros intervenientes das unidades sanitárias, para elevar a capacidade interventiva de manuseio de eventuais casos que podem vir a ser registado na província.
Ainda em termos de acções previstas no plano de contingência, mencionou a constituição de equipas multissectoriais que irão trabalhar na preparação de condições a nível local e identificação das áreas para o isolamento dos doentes nas unidades sanitárias.
A orientação é que todas as unidades sanitárias, desde as do nível primário, secundário e terciário, devem ter uma área de isolamento, disse.
Para garantir a eficácia das estratégias a adoptar, informou que foram elaborados sports comunicativos com mensagens chaves para serem distribuidos nas comunidades, com o envolvimento dos líderes comunitários e as instituições religiosas, de modo a se reforçar o apelo quanto às medidas preventivas.
O responsável confirmou a abrangência do plano de contingência, envolvendo todos os subsistemas da saúde, como da Polícia Nacional, das Forças Armadas Angolanas (FAA) e do sector privado, para que, de forma conjunta, se esteja alinhado, sobretudo no que diz respeito à vigilância activa nas comunidades e passiva nas unidades sanitárias. VKY/PLB