Lubango - A direcção municipal da Saúde do Lubango iniciou, há dois meses, um ciclo de formações regulares dos profissionais, com a finalidade de melhorar o atendimento prestado aos utentes nas unidades sanitárias.
As acções formativas estão ligadas, sobretudo, à humanização dos serviços, à gestão de medicamentos, manuseio de patologias mais frequentes nas unidades sanitárias do município e melhoramento do sistema de referência e contra-referência.
As formações que estão a ser dadas todas à terça-feira, até o momento já beneficiaram 172 técnicos locais de saúde, que reforçaram os seus conhecimentos para melhorar à sua actuação.
Os técnicos capacitados pertencem aos programas de saúde reprodutiva, de vigilância epidemiológica, da malária, do alargado de vacinação, de promoção de saúde, da tuberculose, de saúde mental, do HIV-Sida e do depósito de medicamentos.
O processo vai abranger o programa de nutrição, com pelo menos 23 técnicos, distribuídos nas diversas unidades da periferia do Lubango e nos hospitais municipais.
A informação foi avançada à ANGOP hoje, sexta-feira, nesta cidade pela directora municipal da Saúde no Lubango, Anita Catihe, referindo que as formações surgem por conta de utentes que fazem referência ao mau atendimento nas unidades sanitárias.
“O atendimento ainda não é dos melhores, mas estamos a trabalhar. Temos mais de 20 pessoas por cada secção de formação para poder aperfeiçoar o atendimento prestado ao utente. Estamos a investir nos nossos profissionais”, disse.
Realçou que as formações não têm um período exacto para terminar, porque a saúde é complexa e tem vários campos, mas pretendem tocar em tudo que contribua para a melhoria da assistência nos serviços.
Declarou existir caixas de reclamação nas unidades sanitárias, para que todo o utente faça a sua crítica de um mau atendimento ou de algum elogio ao serviço prestado, para poder-se melhorar e manter as boas práticas.
Anita Catihe defendeu que a utente deve procurar os serviços de saúde autorizados para tal, evitando a auto-medicação, assim como centros de saúde ilegais, sem oferecer condições.
Por outro lado, após seis meses da implementação dessas melhorias da rede primária com a potencialização de alguns centros de saúde da periferia do Lubango, nomeadamente os bairros Pedreira, Sofrio, Tchioco e Maxiqueira, bem como o da Centralidade da Quilemba e da Eywa, a fonte realçou que a adesão dos utentes é considerada aceitável nessa rede primária.
Acrescido a esse, avançou que o novo hospital municipal “Olga Chaves”, com capacidade de internamento de 82 doentes e diversos serviços, veio dar uma outra dinâmica ao atendimento ao utente.
Em relação as condições medicamentosas, informou estarem a receber kits de medicamentos regular que comportam fármacos essenciais para patologias mais frequentes no município, como as doenças respiratórias, a malária e as diarreicas agudas.
“Ocorram as nossas unidades e vão sentir que há melhorias, um ou outro medicamento pode faltar, mas o básico temos para atender os pacientes e não temos ruptura dos medicamentos essenciais”, manifestou.
A directora frisou que ainda há muita gente a recorrer aos hospitais de referência, por uma questão de hábito, mas está-se a trabalhar na sensibilização dos utentes para começarem a buscar socorro nas unidades mais próximas do seu bairro, que em caso de necessidade os encaminhará às unidades de referência.
O Lubango conta com uma rede sanitária composta por 29 postos de saúde, 22 centros de saúde e dois hospitais municipais, destes um missionário da Igreja Católica, localizado no Toco e outro denominado Olga Chaves, em arredores da cidade.
Controla 608 profissionais no sector, com destaque para 287 enfermeiros, dos pelo menos dois mil necessários e 37 médicos, com necessidade de mais 50 para melhorar o atendimento nos serviços.
O município do Lubango tem uma população estimada em 990 mil 165 habitantes e tem cinco comunas, nomeadamente a sede, da Huíla, da Arimba, do Hoque e da Quilemba.