Luena – Com alto risco de desabamento, o Governo do Moxico transferiu os serviços do Centro Regional de Reabilitação Física para uma unidade provisória, soube, esta sexta-feira, a ANGOP.
A actual estrutura do único Centro de Reabilitação Física da Região Leste, reinaugurado em 2019, apresenta avançado estado de degradação, caracterizada por fissuras e inundações durante as chuvas.
Perante este quadro, considerado dramático, uma comissão multissectorial, composta pelos Gabinetes provinciais da Saúde, Infra-estruturas e serviços técnicos, bem como os Serviços de Protecção Civil e Bombeiros transferiram, de forma provisória, esta área para o Centro de Saúde Teixeira Bravo, a mais de 10 quilômetros, a oeste da cidade.
Segundo o director do Gabinete Provincial da Saúde no Moxico, Tiago Mario, além da Fisioterapia, os serviços de Enfermagem e administrativos foram transferidos, com vista a se evitar o desabamento e risco de centenas de utentes que procuram aqueles serviços.
Medida reduz afluência de utentes às sessões de fisioterapias
A julgar pela distância onde estão a funcionar os serviços, a directora de enfermagem do centro, Quintas Decimasse, disse que a média de utentes desde a transferência reduziu de 300 para 20 diariamente, revelando que a situação é preocupante, tendo em conta que a maioria dos pacientes são pessoas com idade avançada.
“Apesar da mudança do local ter sido antecedida por uma preparação psicológica e motivação, muitos utentes mostraram descontentamento devido à distância”, disse.
Frisou que de Janeiro a Novembro do corrente ano foram atendidos um total de 32 mil 410 utentes nos serviços de fisioterapia, enfermagem e ortoprotesia, mais sete mil 541 pacientes em comparação ao igual período anterior de 2023, com destaque para utentes provenientes das províncias da Lunda – Sul e Lunda – Norte..
Fundada em 1997, pela ONG Fundação dos Veteranos de Guerra do Vietname (vvaf, sigla em inglês), o centro de reabilitação física passou ao Ministério da Saúde(MINSA) em 2005, já com o rótulo de regional, conta actualmente com 59 funcionários, entre eles, fisioterapeutas, enfermeiros e outros.
A unidade sanitária foi reinaugurada pela ministra da Saúde, Silvia Lutucuta em Abril de 2019, tendo beneficiado posteriormente de várias obras paliativas. MT/TC/YD