Bailundo – O coordenador da Câmara de Medicina Tradicional e Natural na província do Huambo, Adelino Sandambongo, defendeu, esta terça-feira, maior fiscalização das actividades da classe, para permitir o correcto exercício da profissão.
Segundo o responsável, que falava durante a tomada de posse dos responsáveis da câmara no município do Bailundo, com a fiscalização dos profissionais, principalmente, os que exercem a actividade à margem da lei, haverá maior controlo e uniformização dos trabalhos desenvolvidos, para o bem-estar dos pacientes.
O responsável espera que o exercício da profissão seja de acordo com as normas científicas e não com “adivinhas”, que podem trazer consequências gravosas aos cidadãos.
Adelino Sandambongo exortou aos terapeutas tradicionais a se reverem na câmara, para obtenção da documentação exigida para o efeito, pois a equipa ora empossada poderá, nos próximos dias, exercer actividades de fiscalização, na perspectiva de sancionar os prevaricadores.
Disse que os membros da câmara do município do Bailundo devem colaborar com os órgãos do Estado, de modo a se obter uma parceria institucional e profissional, com foco no bem-estar comum.
Por seu turno, o director da Saúde no município do Bailundo, Timóteo Mango, disse que o acto de organização da Câmara de Medicina Tradicional e Natural na localidade vai permitir o desenvolvimento da actividade com maior rigor e transparência.
O responsável pelou ao correcto desempenho das actividades, principalmente, na dosagem da medicação aplicada, para evitar intoxicações ou outros prejuízos aos utentes dos serviços terapêuticos tradicionais.
No acto, foram empossados Leopoldina Tumba (coordenadora), Abias Sacato (secretário), Eurico Cassoma (gestor financeiro) e os assessores.
O município do Bailundo, com uma superfície de sete mil 65 quilómetros quadrados e uma população estimada em 385 mil 674 habitantes, distribuídas em cinco comunas, designadamente Bimbe, Lunge, Luvemba e Sede, é controlado por mais de 550 terapeutas tradicionais.