Luanda- O país registou, recentemente, quatro casos da gripe A (H1N1) , informou, esta quinta-feira, a ministra da Saúde.
Falando em conferência de imprensa, Sílvia Lutucuta disse tratar-se de duas pessoas do sexo masculino e igual número feminino, todos ocorridos em Luanda.
A ministra referiu que dos casos detectados pelo Instituto Nacional de Investigação em Saúde, não se registou o falecimento de nenhum paciente, bem como não foram notificados novos casos de contactos, sendo já ampliada a investigação epidemiológica e laboratorial.
Lembrou que a gripe A é causada pelo vírus influenza H1N1, que afectou, em 2009, 20 países do continente americano, europeu e asiático, enquanto África foi pouco afectada, sendo que nesta altura, Angola havia registado 12 casos.
Perante este quadro, assegurou que as unidades hospitalares estão já a realizar uma formação dos técnicos, com vista a evitar mais infecções, tendo estas instituições de saúde levado a cabo o rastreio de pessoas, recorrendo ao teste RTPCR para o diagnóstico da gripe A.
O vírus transmite-se de pessoas para pessoas, através de gotículas libertadas quando as pessoas falam, tossem ou espirram, sendo que as sintomatologias são semelhantes à gripe sazonal, da Covid-19 e da malária.
As pessoas infectadas manifestam febres altas, cefaleia, dores de cabeça, dores musculares, dor de garganta, corrimento nasal, tosse, podendo complicar-se com pneumonia, insuficiência respiratória e falência de vários órgãos, tendo como período de incubação de três a 10 dias.
Considerou ser uma doença viral altamente contagiosa e com um potencial epidémico, que pode ter um impacto negativo nas economias, por aumentar o absentismo laboral e escolar, podendo em alguns casos evoluir para formas graves, em particular para os idosos, com cormobilidade ou imunodeficiência.
Face a este quadro que se regista, Sílvia Lutucuta deu a conhecer que o Ministério da Saúde activou o Plano de Contingência para a Prevenção da Gripe A, reforçando a vigilância epidemiológica e laboratorial de casos suspeitos de gripe nas unidades sanitárias sentinelas, para monitorar a evolução epidemiológica no país, bem com orientar resposta assertiva necessária para evitar a sua propagação.
Assim sendo, a ministra apela à calma da população, sendo recomendável que os casos suspeitos tomem algumas medidas para evitar a propagação da doença, como utilizar uma máscara facial em locais fechados se tiver sintomas, evitar estar em aglomerações, bem como muito próxima de pessoas com sintomas.
Recomendou ainda a lavagem das mãos com água e sabão com frequência ou usar o álcool em gel, não partilhar utensílios de uso pessoal e acorrer a unidade sanitária mais próxima se detectar qualquer sintoma da doença.
No que toca à vacinação, a ministra referiu que a mesma é desafiante, em função da sua baixa eficácia, facto que leva ao adágio. “Mais vale prevenir do que remediar”, sublinhou. ANM/ART