Malanje- Setenta milhões de dólares norte americanos é o valor a ser investido entre 2024-2029 pela Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), no âmbito do Projecto de Assistência à Saúde em Angola, abrangendo as áreas da Malária e Saúde Reprodutiva/Planeamento Familiar.
O projecto será implementado por um consórcio de organizações liderado pela Organização Não-Governamental (ONG) Serviço Internacional para a População (PSI-Angola).
Aprovado em Agosto de 2024, o projecto prevê uma componente de formação de técnicos de laboratórios, campanhas massivas de distribuição de mosquiteiros impregnados de longa duração e aquisição de medicamentos de combate à malária, principal causa de morte no país, bem como assistência técnica na área de planeamento familiar, entre outras iniciativas.
A informação foi avançada hoje (sexta-feira), pelo representante nacional do PSI-Angola, Pedro Zola, no final do encontro que manteve com o governador provincial em exercício, Franco Mufinda, realçando que o programa visa melhorar a qualidade dos serviços prestados nas unidades sanitárias da província.
Fez saber que o projecto com duração de cinco anos será executado através de um consórcio composto pela PSI, Rede de Mulher Angola, Mentor Initiative e Appy People, com vista ao fortalecimento da assistência médica, comunicação, promoção da saúde e consolidação de dados no sistema.
Assinalou que desde a aprovação do projecto foram já, realizadas em 2024, algumas acções de formação para a elaboração do plano de trabalho para o ano 2025.
Na ocasião, Franco Mufinda agradeceu à PSI pela continuidade do projecto financiado pelo Governo Americano, através da USAID, para o combate à malária, que em 2024 vitimou em Malanje 124 pessoas, sem esquecer a intervenção na área de planeamento familiar.
O responsável avançou que o projecto prevê a entrega de anti-maláricos aos Agentes de Desenvolvimento Comunitário e Sanitário (ADECOS), para a gestão de casos de malária nas comunidades.
Precisou que apesar do Ministério da Saúde promover cursos de especialização de médicos e enfermeiros, é necessário que se aposte cada vez mais na formação permanente de técnicos nas áreas de gestão de casos de malária.
Enquanto isso, o coordenador nacional do Programa da Saúde Materna, Mansitambi João Luz considerou o projecto como sendo uma mais-valia, pois vai melhorar os indicadores dos cuidados primários prestados à população nas unidades sanitárias.
O projecto está, igualmente, a ser implementado nas províncias de Malanje, Cuanza Norte, Moxico, Lunda Sul, Lunda Norte, Luanda, Huambo, Zaire e Uíge.
A PSI é uma ONG internacional sem fins lucrativos, presente em 65 países e tem como objectivo melhorar o acesso da população aos serviços primários de saúde. Em Angola, tem a USAID como principal doador.
A província de Malanje controla 185 unidades sanitárias entre hospitais, postos e centros de saúde, e conta com mais de 2 mil funcionários entre médicos, enfermeiros, terapeutas, técnicos de diagnóstico e agentes administrativos.RM/PBC