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Província de Luanda reforça fumigação contra à malária

     Saúde              
  • Luanda • Segunda, 25 Abril de 2022 | 20h36
Fumigação para combater a Malária
Fumigação para combater a Malária
Morais Silva

Luanda – As campanhas de fumigação de combate à malária começaram a ser reforçadas, desde o princípio do mês de Abril, na província de Luanda, no âmbito do programa de luta contra a doença e do Dia Mundial da Malária que nesta segunda-feira se comemora.

O reforço da campanha, que decorre no âmbito do programa "Zero Malária Começa Comigo" serviu para identificar as localidades endémicas, distribuir mosquiteiro e anti-málaricos, gratuitamente.  

As equipas de luta anti-vectorial, presentes em todos os municípios de Luanda, contam com os meios necessários para fumigação, como os pulverizadores, moto-mochilas e biolarvicidas, entre outros.

Segundo dados das autoridades sanitárias de Luanda, a província regista em média, por semana, cerca de 20 mil casos de malária.

No município de Luanda, para o êxito da campanha, a decorrer hoje, terça e quarta-feira, foram escolhidos alguns pontos críticos com águas estagnadas nos bairros Mota, Ligeira (Sambizanga), Cassequel do Buraco, Embondeiro, Huambo, Rocha Pinto (Maianga), São Pedro da Barra (Ngola Kiluanje), Boavista (Ingombota) e Samba (Camuxiba), entre outras zonas.

Em declarações hoje à ANGOP, o director municipal da saúde de Luanda, Caetano Miguel, disse que as equipas distritais de luta-antivectoria compostas por 50 técnicos, estão preparadas para interagir com as comissões de moradores durante a campanha.

No município de Belas, chefe de repartição de saúde, Isabel Massocolo, acredita que a campanha, com a pulverização intra e extra-domiciliar, vai contribuir para a redução dos índices de malária.

Disse que para além desta operação, as autoridades sanitárias de Belas procedem, nos centros e postos de saúde, a distribuição de mosquiteiros, principalmente para gestantes, crianças e idosos.

Em Talatona, onde a fumigação tem sido realizada de duas em duas semanas, foram visados os bairros Bié, a vala do bairro Cambamba II e a vala do Kifica.

No município do Cazenga, onde foram diagnosticados, durante o primeiro trimestre de 2022, 75 mil 355 casos de malária, as campanhas de fumigação tem sido realizadas pelos Agentes de Desenvolvimento Comunitários e Sanitários (Adecos), disse o chefe de secção local da saúde pública, Santos Pedro.

Sem adiantar os dados comparativos, com o período anterior, disse que dos dados epidemiológicos, dois mil e 267 casos foram diagnosticados em gestantes, 547 em recém nascidos sendo os 72 mil 541 o resultado de outros doentes de diferentes faixas etárias.

Santos Pedro disse ainda que durante as primeiras consultas pré natais e crianças menores de cinco anos, os pacientes beneficiam de mosquiteiros e são sensibilizadas sobre a importância da higiene domiciliar e arredores.

Segundo o chefe da saúde pública, os bairros angolano, vala do Soroca, Nguanha, Ossos e campismo, com valas de drenagem a céu aberto e com características de acumulação de águas estagnadas, são os que mais casos de malária registam. 

Fez saber que nestas zonas, propensas para a produção de larvas e criadores de mosquitos como charcos, lagoas e águas paradas, estão mobilizadas equipas para fumigação e realização de palestras em mercados informais e zonas de grande aglomerado populacional.

No Kilamba Kiaxi, onde foram registados 12 mil 456 casos de paludismo, direcção da saúde realizou, no primeiro trimestre deste ano, mil 746 campanhas de fumigação nos quatro distritos urbanos que compõem a circunscrição, de acordo com directora local da saúde, Teresa Jamba.

A responsável deu a conhecer que permanentemente, no final da tarde, é feita a fumigação no interior dos bairros e ruas dos distritos da Sapu , Nova vida ,Palanca e Golfe.  

Teresa Jamba disse que em 2021 foram realizadas, de Janeiro a Dezembro, seis mil 725 campanhas de fumigação no município e que, para este ano, a meta será ultrapassar estes números e melhorar o processo de prevenção contra à malária.  

A responsável fez saber que este ano ainda não foi feita a distribuição de mosquiteiros, porque estão dependentes da Direcção Provincial da Saúde que tem a função as fazer chegar as direcções municipais e estas, por sua vez, entregar às comunidades.

 

 

 





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