Ondjiva – Quatrocentas e 89 crianças, de mães seropositivas, nasceram livres do HIV/Sida na província do Cunene, Janeiro a Setembro do corrente ano.
No geral, durante o referido período, 501 crianças nasceram de mãe com HIV, sendo que apenas 12 tiveram resultado positivo.
Comparativamente ao primeiro ano de implementação do programa, em 2019, o sector fez o controlo de 536 mães seropositivas, com 32 crianças com testes positivos.
Em declarações à Angop, a coordenadora do Instituto Nacional de Luta Contra a Sida no Cunene, Cândida Alcina, realçou que o Programa de Corte de Transmissão Vertical, inserido no Projecto "Nascer Livre para Brilhar", está a contribuir, significativamente, na redução de casos de VIH/Sida em recém-nascidos
Referiu que a taxa de prevenção passou de 32 por cento em 2019, para 39 por cento este ano.
Cândida Alcina fez saber que no período em causa, 31 mil 507 mulheres gestantes foram testadas, das quais 298 tiveram resultados positivos.
Disse que das mulheres com resultados positivos, 231 entraram em tratamento com retrovirais, para além de acompanhamento psicológico, enquanto 67 furtaram-se do tratamento.
A coordenadora fez saber ainda que a implementação do programa permitiu igualmente ampliar a rede sanitária que presta serviço de apoio ao HIV/Sida, passando de 46 por cento, para os actuais 49 por cento.
Vice-governador defende reforço das acções de sensibilização
Entretanto, o vice-governador para o sector Político, Social e Económico do Cunene, Apolo Ndinoulenga, apelou, para o reforço da sensibilização para a prevenção contra a doença, a nível das instituições, igrejas e mercados.
O governante considerou o direito à saúde, à vida, à informação das crianças, das mulheres e da juventude, como aspectos essenciais no combate ao flagelo do HIV/Sida.
Falando à margem do acto alusivo ao Dia Mundial de Luta contra a Sida, assinalado a 1 de Dezembro, destacou o reforço da mobilização da população sobre os cuidados a ter com a doença e, sobretudo, o combate à estigmatização para com os portadores da enfermidade.
“Apesar da pandemia da Covid-19, não devemos nos esquecer de outras doenças, que por muito tempo andam a afectar a nossa população, com destaque para a malária, HIV, tuberculoses e outras negligenciadas “, sublinhou.
Lembrou que Cunene continua a ser a província com maior índice de prevalência da doença, razão pela qual todos segmentos devem estar engajados na transmissão de informação e educação sobre a doença.
A província do Cunene tem uma taxa de incidência e de prevalência do HIV/SIDA fixada em 6,1 por cento de novas transmissões, considerada a maior taxa de seroprevalência do país.