Huambo – A produção de medicamentos com selo feito em Angola, a partir da fábrica “Ovihemba - Laboratórios Farmacêutico, S.A”, em fase instalação na zona do Belém, periferia da cidade do Huambo, pode iniciar em Junho de 2025, soube a ANGOP.
A informação foi prestada, esta terça-feira, pelo presidente do Conselho de Administração da empresa Ovihemba, Sérgio Sousa, durante a sessão de esclarecimento sobre o processo de recrutamento dos futuros operários, iniciados hoje.
O gestor disse que a unidade fabril, cujo processo de instalação decorre desde Agosto último, terá a capacidade para produzir 100 milhões de comprimidos/ano, num investimento de, aproximadamente, seis milhões de dólares norte-americanos.
Adiantou que a fábrica colocar à disposição três qualidades de medicamentos, nomeadamente o Paracetamol, Coartem e Enalapril ambos em comprimidos.
Sérgio Sousa disse que a instituição empresarial está preparada para participar nos programas do Governo angolanos voltados para o combate à pobreza, de fomento da empregabilidade e de desenvolvimento sustentável.
Assinalou que a indústria farmacêutica Ovihemba, expressão em que em língua nacional significa “Medicamentos, pretende recrutar mão-de-obra tipicamente angolana, para a valorização dos recursos humanos locais e fazer da província do Huambo um ponto de referência importante na produção de medicamentos, com aceitação nacional e internacional.
Disse que a unidade industrial tem padrões modernos e respeita as exigências ecológicas para estar envolvida no processo de descarbonização.
“Nós estamos preocupados com as questões climáticas e o futuro das gerações vindouras e temos que deixar um planeta habitável, para os nossos netos”, enfatizou.
Esclareceu que, numa primeira fase, a matéria-prima será importada da Europa, pois a unidade fabril terá uma composição técnica construída pelo equipamento de produção, laboratório moderno e todas condições técnicas de uma indústria farmacêutica, onde vão estar enquadrados 32 trabalhadores, entre técnicos e pessoal administrativo.
Salientou que o padrão da fábrica é de referência da Organização Mundial da Saúde (OMS) e cuja infra-estrutura enquadra processos tecnológicos europeus recomendáveis, para a produção de fármacos habilitados para o tratamento humano.
Por sua vez, o vice-reitor da Universidade José Eduardo dos Santos, Ataulfo de Fontes Pereira, enalteceu os esforços da farmacêutica industrial “Ovihemba” que trabalha na implantação da primeira unidade fabril em Angola, com a intenção de promover o crescimento social e económico do país.
Disse que a UJES tem cursos das ciências da Saúde para responder às solicitações de empregabilidade desta fábrica em construção na província do Huambo.
Os medicamentos começam a ser produzidos a partir de Junho de 2025, na província do Huambo, para a distribuição nacional e a exportação. LT/ALH