Lisboa (da correspondente) - O médico e docente angolano Filomeno Fortes foi reeleito, segunda-feira, na capital lusa, director do Instituto de Higiene e Medicina Tropical da Universidade Nova de Lisboa (IHMT), para um novo mandato de quatro anos, na sequência de um concurso internacional.
O concurso teve três fases, a de candidaturas curriculares e de proposta de plano de acção para os próximos 4 anos, apresentação pública e entrevista efectuada por 15 membros do Conselho do Instituto, seguida de votação.
Em declarações à ANGOP, após a sua reeleição ao cargo, que ocupa desde 2019, Filomeno Fortes disse que para os próximos quatro anos propõe-se reforçar a internacionalização e a cooperação do Instituto a nível da OMS e dos países da CPLP, Europa e África.
Os pressupostos desta pretensão, fundamentou, relacionam-se com sinais de alerta a emergências da saúde, como as alterações climáticas, migrações, epidemias, manipulação de agentes patogénicos, resistência aos antibióticos e retrocessos das coberturas sanitárias em relação ao controlo das doenças tropicais negligenciadas.
O IHMT actua nos domínios da formação, investigação e da prestação de serviços à comunidade.
Em Angola, a instituição tem protocolos de parceria com as Universidades Agostinho Neto, Katyavala Buila, a Universidade Privada de Angola (UPRA) e com o Hospital Agostinho Neto, na província da Huíla.
No princípio do mês em curso, verificou-se a conclusão de um MBA de Gestão em Saúde com a parceria da Academia BAI e a Universidade Agostinho Neto ( Centro de Educação Médica), que pelo seu impacto motiva estes parceiros para uma segunda edição.
Filomeno Fortes é mestre em saúde pública, doutorado em ciências biomédicas e especialista em malária.
Ao longo da sua carreira exerceu em Angola, entre outros cargos, o de Director Nacional de Controlo de Endemias, Chefe de Departamento Nacional de Controlo de Doenças e Professor da Faculdade de Medicina da Universidade Agostinho Neto.
Fundado em 1902, o Instituto de Higiene e Medicina Tropical dedica-se ao ensino e à investigação em saúde pública, medicina tropical, ciências biomédicas e epidemiologia, com especial incidência na ligação com os países de língua oficial portuguesa. EJM/ART