Lobito – O stock de sangue da Hemoterapia do Hospital Regional do Lobito, província de Benguela, foi reforçado esta quarta-feira, com cinco mil, 850 mililitros, correspondentes a 13 bolsas de 450 ml cada, doados por trabalhadores do Porto Comercial local.
Segundo Victorina Doriana, técnica da Hemoterápia, antes da doação, havia no stock apenas cinco bolsas, correspondentes a dois mil e 250 ml, quando o sector necessita, no mínimo, de 20, para distribuir para os vários sectores que necessitam de sangue para trabalhar.
Entre esses sectores, estão a Cirurgia, a Maternidade, Otorpedia, Tisiologia, Banco de Urgência, Medicina, Intermédia, Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e Bloco Operatório.
Para contornar o déficit de sangue, a direcção do Hospital adoptou o sistema de avisar os familiares dos pacientes para arranjarem doadores para repôr o líquido.
Por sua vez, a directora da Clínica do Porto, Mariana Wimbo, informou que a empresa tem conhecimento da “aflição” do Hospital sobre a falta de sangue e em função disso, o Conselho de Administração agendou uma campanha de doação, no âmbito do programa de comemorações do 94º aniversario da instituição, a ser celebrado no próximo dia 24 de Março.
Paula Varanda, uma das trabalhadoras que doou pela primeira vez, fez saber que é do grupo A positivo e sentiu-se motivada a fazer este gesto por amor ao próximo, aproveitando também “fazer alguma coisa” pelo Dia Internacional da Mulher, celebrado a 8 de Março.
“Apelo as minhas colegas a fazer o mesmo, porque sangue é vida e com este gesto podemos salvar pessoas”, enfatizou.
O portuário Domingos Junqueira, do grupo O positivo, doa sangue desde 1994 e disse sentir-se feliz em contribuir para diminuir o sofrimento daqueles que precisam de sangue para salvar as suas vidas.
Na sequência das suas actividades, a empresa realizou hoje uma palestra sobre Saúde Ocupacional, na qual o doutor Júlio Brito destacou, entre outros temas, a prevenção para combater vários tipos de doenças, bem como a necessidade de eliminar hábitos incorrectos que, sem as pessoas se aperceberem, ajudam a contrair enfermidades, principalmente aquelas que aparecem “silencionamente”, como a tensão arterial, a tuberculose e a malária.