Cuito - Membros de partidos políticos com assento parlamentar visitaram neste sábado o Hospital Dr. Walter Strangway, na cidade do Cuito, província do Bié, para se inteirarem do seu funcionamento, sobretudo na dificuldade de acesso, por parte dos acompanhantes dos pacientes, ao interior da unidade hospitalar.
Desde a sua inauguração, a 12 de Outubro de 2020, pelo Presidente da República, João Lourenço, a direcção do hospital não permite que os doentes tenham acompanhantes, uma realidade que não acontecia na província, já que muitos enfermos vêm de várias localidades longínquas com os seus parentes.
Além disso, as visitas também são muito limitadas, o que tem provocado muitas reclamações por parte dos utentes.
Foi com este propósito que levou a comitiva de membros do MPLA, Unita, FNLA e PRS a se deslocarem ao local, onde o director-geral da instituição, David Abel, assegurou que o impedimento no interior desta unidade sanitária visa preservar a saúde dos próprios familiares.
O responsável explicou que o hospital, apesar de limpo, contém diversos vírus e radiação, que podem prejudicar a saúde dos mesmos.
A medida visa igualmente evitar a transportação de bactérias de dentro para fora e vice-versa.
Contudo, informou que, brevemente, a direcção do Hospital Dr. Walter Strangway vai disponibilizar cartões de visita, de modo a regular a permanência dos acompanhantes dos doentes internados.
Adiantou que a unidade sanitária funciona normalmente, na ordem dos 95 porcento, com equipamentos de ponta.
O segundo-secretário do MPLA no Bié, Anastácio Sambowe, louvou a iniciativa da criação do cartão de visitante, já que vai desencorajar a permanência destes ao ar livre e de aglomerados, como se assiste no momento.
Manifestou-se satisfeito pela qualidade dos serviços prestados à população, tendo sugerido a criação de uma pauta digital, com informações de cada doente, para facilitar a compreensão dos acompanhantes.
Para António Armando, secretário provincial do PRS, a visita serviu de grande valia, por dissipar algumas dúvidas que pairavam na comunidade. Congratulou-se com a tecnologia de última geração existente.
Apelou à contínua formação dos técnicos, para dar resposta às necessidades dos utentes.
António Muhongo, da FNLA, pediu mais divulgação de informações sobre as valências da unidade, por forma a contrapor as más notícias que circulam nas redes sociais, com realce sobre a falta dos principais serviços.
Domingos Jorge, representante da UNITA, reforçou a ideia da formação de quadros para o manuseio das máquinas, sobretudo na área de imagiologia, onde tem aparelhos de última geração.
O Hospital Dr. Walter Strangway tem capacidade de 230 camas e mais de 20 serviços, que são assegurados por 734 trabalhadores, destes 53 médicos angolanos e 37 expatriados.