Benguela - O aumento da capacidade de testagem e a redução significativa da mortalidade por HIV são alguns dos ganhos da parceria entre o Ministério da Saúde e o Fundo Global das Nações Unidas.
Essa afirmação é do director provincial da Saúde em Benguela, António Cabinda, quando falava à imprensa, no fim da visita de uma delegação do Fundo Global, responsáveis das Nações Unidas e da ONG World Vision.
"Há mais disponibilidade de medicamentos e mais pessoas a aderirem ao tratamento. Isto faz com que exista uma redução de mortalidade e também de transmissão da doença", explicou.
Segundo o responsável, foi possivel expandir unidades na componente da Tuberculose e também assegurar maior disponibilidade de medicamentos.
Processo semelhante foi feito com a Malária, onde houve, muito recentemente, uma campanha massiva de distribuição de mosquiteiros a nível da província.
"Além disso, as unidades continuam a fazer a distribuição de rotina e há maior disponibilidade de testes para diagnosticar aquela patologia", afirmou.
Relativamente ao stock de medicamentos, o director disse não existir nenhum constrangimento.
"Não obstante o apoio directo a estas três patologias, também houve reforço de meios, fundamentalmente viaturas, para acompanhamento e supervisão", revelou.
António Cabinda informou ainda que se melhorou o apetrechamento de algumas unidades hospitalares, com monitores e outros meios, inclusive para o doente crítico.
"Está em curso a montagem de quatro fábricas de oxigénio que funcionarão no Hospital Geral de Benguela, no Hospital Regional do Lobito e nos Hospitais Municipais do Bocoio e do Cubal", informou.
Na sequência dos investimentos, o director anunciou igualmente a aquisição de uma incineradora com capacidade para cobrir as necessidades da província e o reforço da rede de transportes com mais uma ambulância.
Em relação ao Depósito Regional de Medicamentos, disse que foi um "grande esforco" feito pelo Governo Provincial de Benguela, em pouco tempo, no âmbito dos acordos com o Fundo Global.
"Será a partir deste Depósito em que os meios providos pelo Fundo Global serão distribuídos para outras unidades, assim como vai permitir rentabilizar melhor os recursos", afirmou.
"Ao longo deste processo, saimos daqui com plena convicção que a complementariedade entre o Governo e o Fundo Global resultou num casamento perfeito", concluiu o médico.
Por sua vez, a directora do Fundo Global para a Africa, Ásia e América Latina, Caty Fall Sow, afirmou que a parceria está em conformidade e aproveitou para reafirmar os preparativos para assinatura do novo acordo de subvenção para a Malária, Tuberculose e HIV, para as províncias de Benguela, Cuanza-Sul e Bié
Trata-se de cento e vinte e seis milhões de dólares que, segundo ela, a sua divisão para aquelas provincias vai depender dos níveis das doenças existentes em cada uma delas, acrescentando que a distribuição será justa.
Questionada sobre o balanço da subvenção anterior, disse apenas que "o mais importante é o apoio à população, onde o Governo angolano faz os seus próprios investimentos, financiando as três áreas, e também em sistemas de saúde resilientes", concluiu. TC/CRB