Zango – O executivo angolano está alinhado com a meta das Nações Unidas para pôr fim a tuberculose até 2035, reafirmou, esta quinta-feira, o secretário de Estado para a Saúde Pública, Carlos Pinto.
De acordo com o dirigente, que discursava no acto de abertura do II Workshop de doenças infecciosas (Pensar tuberculose até 2030), realizado pelo Centro Especializado de Tratamento de Endemias e Pandemias (CETEP), para tal os países devem desenvilver esforços para acriação de uma nova vacina, visto que a actual tem mais de 100 anos
Para si, a tuberculose é uma ameaça persistente à saúde global e nacional, pois continua a ser uma das doenças infecciosas mais mortais do mundo. Todos os anos, cerca de 13 milhões de pessoas adoecem com tuberculose, de entre elas 1,1 milhão são crianças.
“Apesar de ser uma doença evitável e curavél, a cada ano, no mundo, cerca de 1,8 milhões de pessoas morrem por tuberculose, situação que coloca a doença nas 10 primeiras causas de morte, acima das mortes por malária e HIV-SIDA”, disse.
Segundo o Secretário de Estado, a nivel global, a tuberculose multiresistente (MDR- TB) continua a ser uma crise de saúde pública e uma ameaça a segurança sanitária global, e em Angola, também é um problema grave de saúde pública e constitui a terceira causa de mortalidade geral. Em 2022 foram notificados cerca de 69 mil 259 novos casos.
Neste ano, acrescentou, verificou-se um aumento de 7% em relação ao ano de 2021, facto atribuido a redução do acesso ao diagnóstico e ao tratamento da tuberculose, devido ao confinamento observado durante a Pandemia da COVID- 19.
Faz saber que durante os tres primeiros meses de 2023 foram notificados 50 mil 612 casos, dos quais tres mil 509 crianças menores de 15 anos e três mil 087 casos com co-infecção de TB/VIH.
Por seu turno, o director-geral do CETEP, António Jorge Capita, apresentou indicadores do CETEP de Novembro de 2022 à Outubro de 2023, que foram admitidos nove mil 802 doentes com tuberculose, sendo 365 de TB-MDR.
A taxa de ocupação no hospital varia de 65-85 % e uma média de estadia de 28 dias, enquanto a de ocupação dos Cuidados Intensivos (UCI) foi de 90-112 %.
A taxa de mortalidade líquida por tuberculose oscila entre 28-32 %.
Disse que um dos grandes desafios da unidade prende-se com a Tuberculose multidrogas resistente e as sequelas da tuberculose pulmunar, que actualmente constituem um problema sério de Saúde Pública, pois muitos destes doentes têm comprometimento e danos irreversíveis do pulmão.
O CETEP, inaugurado a 11 de Novembro de 2021, para tratar de pacientes com COVID-19, atende por ano cerca de mil 994 pacientes de tuberculose, 13 mil 163 com malária, sende que na UCI atende por ano mil 634 pacientes, pediatria mil 033, fisioterapia mil 847, entre outras areas que comportam a Unidade Hospitalar do CETEP. DP/ART