Viana - Angola regista, neste momento, 10 casos de tripanossomíase ou doença de sono contra os 52 do ano anterior, anunciou sexta-feira o director do Instituto de Combate e Controlo de Tripanossomíase (ICCT), Peliganga Luis Baião.
De acordo com o responsável, que falava à margem da primeira Feira de Saúde e Rastreio de Doenças Parasitárias Tropicais, os 10 casos estão localizados, na província do Uíge, e a redução da doença é fruto do rastreio activo nas zonas endémicas com a deslocação de equipas móveis e a pulverização dos locais com insecticida.
Essas acções permitem a identificação precoce da doença e o corte da cadeia de transmissão na luta anti-vectorial, disse, acrescentando haver, todavia, medicamentos para o tratamento de tripanossomíase.
Por seu turno, o secretário de Estado para a Saúde Pública, Carlos Alberto Pinto de Sousa, que fez a abertura da feira, disse que o evento visou dinamizar na investigação da tripanossomíase humana africana e outras doenças parasitárias tropicais a nível do Instituto de Combate e Controlo da Tripanossomíase.
Frisou que, com esta actividade, o Ministério da Saúde, por intermédio do ICCT, pretende levar os serviços de saúde mais próximo do utente.
Com duração de um dia e com técnicos de saúde locais, mais de 500 cidadãos beneficiaram de assistência médica em consultas gratuitas de clínica geral, psicologia, pediatria, urologia, cardiologia, oftamologia, fisioterapia e dermatologia.
A feira ofereceu também testes rápidos de tripanossomíase, malária, dengue, HIV, hepatite, sífilis, tuberculose e chikunguinya e a entrega gratuita de medicamentos, para além de palestras sobre os sintomas das doenças parasitárias.
A tripanossomíase, conhecida por doença do sono, é uma doença infecciosa causada por protozoários do gênero Trypanosoma brucei, transmitida pela picada da mosca tsé-tsé. AA/HDC/SEC