Huambo - Pelo menos 500 pacientes com diversas enfermidades aguardam há três anos por cirurgias electivas no Hospital Geral do Huambo, devido à inoperância das duas salas operatórias da instituição, revelou o director da unidade hospitalar, Joaquim Isaac.
Em declarações hoje, terça-feira, à ANGOP, o responsável informou que a maior unidade sanitária da província do Huambo conta, actualmente, com três salas operatórias, das cinco instaladas no bloco operatório.
Acrescentou que a inoperância das outras duas tem condicionado o normal funcionamento do bloco operatório, daí o esforço das autoridades em torná-las funcionais a partir do próximo ano, com o objectivo de reduzir o número de utentes na lista de espera por cirurgias electivas.
Joaquim Isaac esclareceu que as operações electivas são procedimentos marcados, porém sem muita urgência.
Referiu tratar-se de cirurgias ortopédicas e gerais, principalmente, em pacientes que carecem de reparação definitiva gastrointestinal, depois de terem sofrido uma operação, a exemplo da febre tifóide.
Argumentou que o elevando número de utentes na lista de espera resulta, igualmente, das operações realizadas diariamente, com um média, entre 10 e 15 doentes em duas categorias: cirurgia geral e ortotraumatologia.
Entre as operações mais frequentes, constam, a par das cesarianas, as de urologia, otorrinolaringolagia, offtamologia, neurocirurgia, maxilo-facial, queimaduras e oncologia.
Caracterização do Hospital Geral Huambo
Com uma capacidade para internar 800 doentes, o Hospital Geral do Huambo realiza, em média diária, 750 consultas em várias especialidades a pacientes locais e de outras províncias do país.
A unidade sanitária, tida como hospital/escola, com 70 a 100 internamentos diários, presta serviços nas especialidades de Medicina Geral, Cirurgia Geral, Ortopedia, Pediatria, Endoscopia, Oncologia, Ginecologia, Obstetrícia, Dermatologia e Hemodiálise.
Destes serviços constam, entre outros, a Psiquiatria, Citologia, Oftalmologia, Otorrinolaringologia, Estomatologia, Imagiologia (Raio X, Ecografia, TAC e Ressonância Magnética), Mamografia, Esterilização, Neurologia, Cardiologia, Hemoterapia, Laboratório de Análises Clínicas e Cuidados Intensivos.
A instituição é assegurada por 82 médicos, sendo 40 especialistas e 42 internos, 470 enfermeiros, 158 técnicos de diagnóstico e terapêutico, 106 de apoio hospitalar e 195 administrativos.
Na vertente académica, matriculou, no presente ano lectivo do Internato Médico Complementar, 50 novos médicos, inscritos e distribuídos em 19 especialidades, para além de ter recebido três mil 167 estagiários de diversas escolas do ensino médio e superior, colocados em diversas secções e acompanhados pelos profissionais da instituição sanitária. ALH