Ondjiva - Quinhentos e 24 casos de malária e 11 óbitos foram registados em 51 dias, na comuna de Oshimolo, província do Cunene, desde o surgimento de um surto da doença a 1 de Dezembro de 2024.
A informação foi prestada esta terça-feira à ANGOP, pela directora do Gabinete Municipal da Saúde do Cuanhama, Engrácia Ndungula, referindo que apesar dos "números elevados da doença" a situação está controlada, realçando serem as maiores vítimas indivíduos dos sete aos 32 anos.
Fez saber que os casos de óbitos pela doença terminaram a 12 de Dezembro, devido a intensificação das medidas de prevenção, que vão desde testagem rápida e tratamento do doente na hora e no local.
Explicou que durante o período em referência foram testadas 825 pessoas, das quais 524 saíram positivos e os restantes negativos.
Apontou ainda a distribuição de 95 mosquiteiros, beneficiando 92 residências tradicionais (quimbos) e três fazendas pulverizadas.
“Com estas medidas a gravidade da situação abrandou em relação às primeiras semanas, pois os pacientes estão consciencializados a procurarem as unidades sanitárias em caso dos primeiros sintomas para o tratamento”, afirmou.
Engrácia Ndungula disse que vão continuar a reforçar as medidas preventivas, desde as campanhas de testagem rápida, fumigação nos locais com mais casos registados e distribuição de redes mosquiteiras à população.
A malária é uma doença transmitida pela picada do mosquito fémea do género Anopheles, infectado por um protozoário do género Plasmodium.
O sector da Saúde em Oshimolo conta com seis unidades sanitárias, sendo dois centros de saúde e quatro postos, bem como 14 técnicos de saúde. PEM/LHE/SEC