Lubango – O bastonário da Ordem dos Enfermeiros e Angola (Ordenfa), Eduardo Caliangula apontou hoje, sexta-feira, no Lubango, entre as prioridades, em 2025, continuar a fiscalizar rigorosamente a actuação de profissionais de saúde para travar as instituições que laboram de forma ilegal, em todo país.
O também especialista em enfermagem-geral anunciou tal facto a margem da cerimónia da Assembleia de Renovação de Mandato do Conselho Provincial da Huíla, que elegeu a única lista ganha por Eduardo José Salongo, com 45 votos a favor e duas abstenções, de um universo de quatro mil e 665 filiados.
Apesar de não referenciar o número de instituições apreendidas e nem de enfermeiros detidos nestas condições, afirmou que o processo passará por trabalhar em parceria com as autoridades do governo, através dos Ministérios da Saúde, da Educação e do Ensino Superior, para melhorar as condições de trabalho e combater instituições ilegais.
Um dos desafios por si apontado tem que ver com a qualidade da formação dos profissionais de enfermagem, que, segundo ele, ainda apresenta lacunas, principalmente em relação às necessidades emergentes do sistema de saúde.
Para ele, a Ordenfa está vigilante com o funcionamento das instituições públicas e privadas e vai trabalhar para garantir que todos os profissionais actuem dentro da legalidade, alertando que quem prevaricar sentirá a mão pesada da justiça e consequente o encerramento do património.
Admitiu igualmente haver condições precárias de trabalho em algumas unidades de saúde, como a falta de energia, água e a escassez de recursos humanos, que afectam directamente a qualidade do atendimento à população.
Reforçou que a direcção executiva nacional irá apoiar a nova direcção ora eleita, tanto institucionalmente, tanto em outras áreas, para garantir a implementação eficaz das actividades do conselho provincial.
Na ocasião, apelou aos membros da nova direcção para que redobrem esforços na mudança da imagem do Conselho de Enfermagem da Huíla, visando fortalecer a classe e as instituições da província, tendentes a contribuir para o sucesso das actividades a favor dos membros da comissão de gestão local, bem como da direcção executiva nacional da Ordem dos Enfermeiros de Angola.
Reforçou a necessidade dos mesmos criarem núcleos municipais da Ordenfa, no intuito de aumentarem os números actuais tidos irrisórios, dado o número de profissionais de saúde que são muito altos.
A Ordenfa, criada nos estatutos 179/10, do Diário da República, controla, actualmente, cem mil filiados em todo país. JT/PLB