Ndalatando – O delegado da Ordem dos Enfermeiros de Angola no Cuanza-Norte, Fidel Hebo, defendeu, esta sexta-feira, a criação de um instituto superior de enfermagem na região, de modo a garantir melhor preparação dos quadros, em prol da melhoria da qualidade dos serviços prestados aos pacientes.
Em declarações à ANGOP, a propósito do Dia Internacional do Enfermeiro (12 de Maio), o responsável referiu que muitos quadros têm abandonado a província por impossibilidade de darem continuidade aos seus estudos.
Por esta razão, de acordo com Fidel Hebo, a província conta apenas com 320 técnicos de enfermagem, número insuficiente para satisfazer a demanda da população por serviços de saúde.
“A nossa província regista actualmente um rácio de mil habitantes para cada enfermeiro, representando 90 por cento da força de trabalho ao serviço do sector da saúde, factor que está a influenciar negativamente na humanização dos serviços”, salientou.
Para colmatar a situação, o delegado defendeu a promoção de iniciativas públicas e privadas para a formação e admissão de novos quadros no sector da saúde.
Fez saber que, no âmbito das suas estratégias de actuação, a instituição está empenhada numa maior aproximação com os cidadãos, com o reforço da divulgação da importância da enfermagem na sociedade, e na garantia da segurança e protecção dos filiados no exercício profissional.
No quadro das festividades do Dia Internacional do Enfermeiro, a cidade de Ndalatando acolheu, este mês, as XV Jornadas Científicas Regionais Norte da ORDENFA, que reuniu mais de 500 profissionais das províncias do Cuanza-Norte, Malanje, Uige e do Moxico.
O Dia Internacional do Enfermeiro é celebrado desde 1965. Porém, oficialmente, a data só foi estabelecida em 1974, a partir da decisão do Conselho Internacional de Enfermeiros.
O dia 12 de Maio foi escolhido em homenagem ao nascimento de Florence Nightingale, considerada a "mãe” da enfermagem moderna.
De nacionalidade inglesa, Florence Nightingale nasceu em Florença, na Itália. Era cristã anglicana, que aos 17 anos decidiu tornar-se enfermeira.
Na Guerra da Crimeia, em que o Reino Unido participou, entre 1853 e 1856, o seu trabalho ficou muito conhecido. Ela foi chamada de "Dama da Lâmpada”, instrumento que usava durante a noite para ajudar os feridos.LJ/IMA/MCN