Soyo – A representante da ONUSIDA em Angola, Eva Pascoal, reprovou quinta-feira, no Soyo, província do Zaire, o comportamento de alguns cidadãos que discriminam as pessoas portadoras de Vih/Sida.
Ao intervir no acto central do Dia Mundial de Luta contra SIDA, a responsável pediu maior engajamento das forças vivas de cada país e organizações juvenis nacionais e internacionais para a erradicação do vírus até 2030.
Recordou que mais de 40 milhões de pessoas em todo o mundo estão expostas pelo Sida.
Referiu que a ONUSIDA lançou, recentemente, um relatório sobre “desigualdade perigosa”, para chamar a atenção do mundo sobre a actual realidade da pandemia e pôr fim às desigualdades.
Em África subsaariana, disse, as adolescentes e as jovens têm três vezes mais probabilidades de serem infectadas com o Vih do que os rapazes da mesma idade.
O representante da ONUSID em Angola considera possível erradicar-se o Sida no mundo, desde que haja um tratamento igual entre as raparigas e rapazes no acesso ao ensino.
Para si, a instrução reduz a vulnerabilidade das raparigas à infecção pelo vírus em até 50%.
Defendeu, por outro lado, a necessidade de se combinar os serviços para saúde sexual e reprodutiva com os de prevenção e resposta à violência sexual baseada no género e no Vih.
“Globalmente, as populações chaves que são os usuários de drogas e trabalhadoras de sexo têm maior probabilidade de serem infectadas com VIH, se continuarem a ser discriminados e colocados fora de serviços úteis à sociedade”, notou.
Defendeu mais investimentos para se acabar com a pandemia, através da solidariedade internacional, que reduz a desigualdade no financiamento.
O acto central do Dia Mundial de Luta contra Sida, que a cidade do Soyo acolheu nesta quinta-feira, 01 de Novembro, foi presidido pelo secretário de Estado para a Saúde Pública, Carlos Alberto Pinto de Sousa, em representação da ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta.