Ndalatando - O número de vítimas mortais em consequência do surto da cólera, no sector do Luinha, comuna da Canhoca, município do Cazengo, subiu para 15, no total de 128 casos diagnósticados, informou a vice-governadora para o sector Político, Económico e Social, Constantina Machado.
A responsável, que falava à imprensa, hoje (domingo), no Aeroporto Comandante Ngueto, a caminho do Luinga, informou que "a situação ainda é crítica e o estado é grave", mas assegurou que as autoridades estão a trabalhar e a ter o controlo da situação.
Garantiu que o Ministério da Saúde movimentou já a logística medicamentosa e os meios médicos, assim como água para os técnicos e algum suplemento alimentar.
De acordo com a vice- governadora, as autoridades sanitárias contam também com o apoio das Forças Armadas Angolanas (FAA), que disponibilizou um helicóptero que ficará baseado na província durante mais três dias, para permitir a deslocação das autoriddaes e também das equipas técnicas.
As autoridades contam ainda com o apoio dos Caminhos-de-Ferro de Luanda para o transporte de logística e pessoal.
Hoje de manhã, informou, o Ministério da Saúde reforçou com mais meios por via áerea e terrestre.
Segundo Constantina Machado, actualmente a província tem condições para combater o surto.
Frisou que de acordo com a história epidemológica, os casos são provenientes de Luanda, acrescentando que a comuna recebe também populares das províncias do Huambo, Bié, Malange e Cabinda, que se deslocam ao local para a aquisição de produtos agricolas.
Para a responsável, o controlo da doença torna-se difícil porque as províncias limitrofes da comuna também enfrentam a mesma situação e a localidade recebe pessoas de várias origens, através do comboio.
Informou que a comuna apresenta preocupações em termos de acesso e de abastecimento de água potável, porque a população depende de rios.
Nesta fase, continuou, as autoridades vão solicitar o apoio dos CFL para colocar água potável na localidade.
O surto de cólera no sector do Luinha iníciou a 14 deste mês. As autoridades receberam a comunicação da situação, no mesmo dia a noite, a partir de dois agentes de Desenvolviemento Comunitário.
No entanto, numa publicação, na sua página o facebook, o governador do Cuanza Norte, João Diogo Gaspar, garantiu que a situação está já controlada, não só no sector do Luinha, mas também, no Mucoso, município de Massangano. IMA/SEC